Editor médico:
Dr. Sandro Fenelon
Médico radiologista
CREMESP 107.411

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:: Notícias Radiologia

Cobertura para PET/CT vai ser ampliada em 2014

Para milhares de brasileiros, janeiro de 2014 marca o início de uma nova fase no diagnóstico e tratamento do câncer. A partir do próximo mês, pacientes com plano de saúde serão beneficiados pela ampliação do rol de coberturas anunciada no fim de outubro pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Entre os novos procedimentos previstos, a extensão do PET/CT – associação entre tomografia por emissão de pósitrons e a tomografia computadorizada – para outras formas de neoplasia promete ser a grande revolução na identificação precoce e tratamento eficaz contra a doença. Enquanto a tecnologia que chegou ao Brasil em 2002 começa a beneficiar uma parcela maior da população, aparelhos mais modernos e precisos são lançados no mercado internacional. Até agora, somente pacientes com câncer colorretal, linfomas e alguns casos de pulmão têm acesso ao PET/CT por meio do plano de saúde. Os demais são obrigados a desembolsar cerca de R$ 3,5 mil para realizá-lo. Valor proibitivo para a grande massa de brasileiros. Com a mudança, a partir do começo do ano, muitas restrições para câncer pulmonar foram eliminadas e, além disso, outras versões da doença, como a de mama, cabeça e pescoço, esôfago e melanoma foram incorporadas à lista de cobertura. Ampliar o acesso ao PET/CT (também conhecido como PET/Scan) visa, justamente, trazer maior acurácia não apenas na detecção rápida e segura dos tumores, mas também em seu estadiamento – se está localizado ou disseminado em metástases – e na definição do tratamento mais indicado. PET/CT é realizado geralmente em pacientes que já têm sabidamente um tumor, e queremos estudá-lo melhor quanto à sua disseminação para outras partes do corpo, para a avaliação da eficácia do tratamento ou para detectarmos mais precocemente uma possível recidiva ou recorrência do tumor após o término de um tratamento. Foi encerrada no início deste mês consulta pública para que a sociedade contribuísse com propostas sobre a incorporação do PET/CT no Sistema Único de Saúde (SUS). O exame seria indicado para a detecção de metástase hepática exclusiva potencialmente ressecável de câncer colorretal, estadiamento clínico do câncer de pulmão de células não pequenas potencialmente ressecável, para o estadiamento e avaliação da resposta ao tratamento do linfoma de Hodgkin e linfoma não Hodgkin. Fonte: Jornal Estado de Minas

Britânicos elegem raio-X como a melhor invenção da história

A máquina de raios-X foi eleita a melhor invenção de todos os tempos em uma votação realizada pelo Museu de Ciências de Londres. O equipamento, criado em 1895, recebeu 10 mil do total de quase 50 mil votos computados pelo museu, que pediu para os eleitores refletirem sobre o impacto da invenção no passado, no presente e no futuro. Ele possibilitou pela primeira vez a visualização do interior do corpo humano sem que fosse preciso abri-lo. A medicina foi um dos campos que recebeu mais votos, colocando duas outras invenções no topo da lista: a penicilina (em segundo lugar) e a descoberta da estrutura do DNA (em terceiro).Entre as dez invenções mais votadas estão ainda a nave Apollo 10, a máquina a vapor e o telégrafo. A eleição foi realizada pelo Museu de Ciências de Londres para marcar o seu centenário. Exemplares dos objetos mais votados estão expostos no local. Fonte: BBC

Curso Online de Tomografia Computadorizada

O curso de Tomografia Computadorizada, por meio da Educação a Distância, oferece aos participantes conhecimentos sobre a classificação e características dos equipamentos de tomografia, anatomia humana e protocolos de exames. Link: http://www.portaleducacao.com.br/parceiro/imaginologia/cursos/2438

Brasil troca qualidade por quantidade de escolas de medicina

Para tentar reverter a "troca da qualidade de ensino pela quantidade de escolas" de medicina no País, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) tornou obrigatório o Exame do Cremesp, um processo de avaliação dos formandos em Medicina semelhante ao aplicado pela Ordem dos Advogados do Brasil.A diferença, por enquanto, é que o Exame de Ordem tem força de lei, e sem aprovação os bacharéis em direito não podem advogar. Na medicina, o exame (que existe há sete anos em caráter facultativo) será obrigatório, mas a nota não impedirá o profissional de trabalhar. A primeira prova no novo modelo acontece em novembro. Em entrevista ao Terra, o presidente do Cremesp, Renato Azevedo Júnior, afirmou que, apesar de ser o segundo país com mais escolas de Medicina no mundo, o Brasil não forma bons médicos na mesma proporção. "São escolas que não têm hospital de ensino, não têm corpo docente em número e qualidade suficiente, não têm biblioteca, laboratório, nem cadáver para estudo de anatomia, e não tem garantia de residência médica após a graduação".
Fonte: CREMESP

Exame reprova 54% dos futuros médicos de São Paulo

Obrigatória pela 1ª vez, prova do Cremesp avaliou alunos que se formam neste ano. Em saúde mental e pediatria, média de acerto não atingiu 56%; para o conselho, índice é 'muito preocupante' Mais da metade dos quase 2.500 estudantes de medicina que se formam neste ano no Estado de São Paulo não possui condições mínimas para atender a população. A avaliação é do conselho paulista de médicos, que reprovou 54,5% dos alunos no exame da entidade deste ano, o primeiro obrigatório para tirar o registro profissional. O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) considera reprovado quem acerta menos de 60% da prova, de 120 questões. "Esses profissionais terão grandes problemas ao atender a população", afirma Renato Azevedo Júnior, presidente do Cremesp. Não haverá a divulgação de ranking de universidades com os melhores resultados, mas as instituições e o Ministério da Educação vão ter acesso aos resultados. As notas individuais também não serão de acesso público -só quem fez o exame vai conhecer sua nota. As restrições à divulgação dos resultados, segundo o conselho, fazem parte do acordo com as 28 instituições de ensino paulistas. Para o Cremesp, não cabe a ele avaliar faculdades, mas contribuir para a formação dos alunos.Egressos de escolas públicas tiveram acertos superiores aos de escolas privadas. Apesar de não divulgar o percentual, o conselho informou que a maioria dos aprovados é de sete escolas públicas. O Cremesp atribui parte da qualidade ruim dos estudantes ao grande número de escolas de medicina e defende uma lei que controle a abertura de mais instituições.
Fonte: CREMESP

Conselho Regional de Medicina quer prova semelhante à da OAB para o registro profissional dos médicos

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) defende que concessão de registro profissional de médicos seja condicionada à aprovação em um exame específico, de caráter obrigatório. Exatamente como acontece com os bacharéis em Direito, que para obter o registro e assim poder trabalhar como advogados têm de passar pelo exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). “A OAB tem uma lei específica que permite não fornecer o registro para o advogado que não passar na prova da ordem. Nós não temos essa lei na Medicina. Temos alguns projetos de lei tramitando no Congresso Nacional”, disse o presidente do Cremesp, Renato Azevedo Júnior. “Nós defendemos que seja obrigatório até para o registro profissional. Se o formando não passar numa prova desse tipo, deve voltar para os bancos escolares por mais um ano.” Segundo o Cremesp divulgou na última semana, não estão aptos a exercer a profissão mais da metade dos 2.600 formandos que fizeram uma prova realizada pelo conselho como requisito obrigatório – mas não eliminatório – para a obtenção do registro médico. Eles acertaram menos de 60% das questões, o que é considerado insatisfatório. O exame apurou que há deficiências na formação dos estudantes em campos essenciais do conhecimento médico. Chamou a atenção da entidade o baixo índice de acertos em Saúde Mental (média de 41% de acertos), Saúde Pública (46,1%), Clínica Médica (53,1%) e Ginecologia (55,4%).“A prova que a gente aplica é de conhecimentos básicos que o médico tem de ter para atender bem à população. Nessa prova a gente teve um resultado muito preocupante. Mais de metade dos que fizeram a prova não conseguiram acertar 60%", disse Azevedo Júnior. O exame mostrou que o desempenho das instituições é preocupante e que a fiscalização da qualidade das escolas prejudica a população.” Azevedo ressaltou que o Ministério da Educação deve se manifestar a respeito. “A gente está mostrando uma realidade na esperança de que o Ministério da Educação, que tem a responsabilidade de fiscalizar o ensino superior no Brasil, tome alguma providência no sentido de, inclusive, fechar faculdades que não têm condições de formar médico, faculdades que não têm professor nem em quantidade nem em qualidade para o ensino." Segundo o presidente do Cremesp, o Brasil é o pais que tem o maior número de escolas de Medicina do mundo. "Já passou o tempo em que o problema era a falta de ensino. Hoje a prioridade deve ser a qualidade. Afinal de contas, ninguém merece ser atendido por um médico mal formado”. A Associação Médica Brasileira (AMB), em parceria com as associações de cada especialidade, já aplica uma prova para os médicos que terminam a chamada residência. Nesse caso, os médicos que não atingem pontuação mínima não obtêm título na área – ao contrário do que tem acontecido com formandos em Medicina que vão mal nas provas do Cremesp e mesmo assim obtêm o registro e vão ter pacientes sob sua responsabilidade.
Fonte: Rádio Brasil Atual

Sistema de internet sem fio controla lavagem das mãos em hospitais

O conhecimento da importância da higiene das mãos na transmissão de infecções entre pacientes já está disseminado. Fazem parte das boas práticas de trabalho as campanhas de conscientização e controle da atividade dos profissionais de saúde quando entram e saem de cada quarto dos pacientes. Infelizmente, os índices de infecção hospitalar se mantém altos. A falta da lavagem frequente das mãos continua sendo o vilão do problema. Um pesquisador da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos apresentou um sistema para controlar a limpeza das mãos dos profissionais. Até hoje as avaliações da utilização dos lavatórios eram feitas por amostragem e necessitavam da colocação de alguém para vigiar e anotar o cumprimento das orientações. Mecanismos de controle remoto da utilização de pias e dispensadores de sabão, por sua vez, necessitam da instalação de cabos e registro de códigos por quem usa o lavatório. Com a popularização da tecnologia Wi-FI os cientistas desenvolveram sensores que podem ser colocados nos lavatórios e que recebem sinais dos crachás dos funcionários registrando sua utilização. O mesmo sinal dos crachás era captado por outros sensores nas portas dos quartos dos pacientes, determinando sua posição no hospital. Todas essas informações são transmitidas diretamente a computadores que os acumulam, podendo gerar análises estatísticas. Um modelo experimental já foi implantado em uma unidade hospitalar comum e comprovou que o sistema é seguro em termos de registrar o trânsito e a lavagem de mãos dos profissionais
Fonte: Globo.com

Veja o que fazem os melhores profissionais do mercado quando buscam um novo emprego

Atualmente, a Internet é o principal meio de contratação de profissionais no mercado, e a Catho Online é o site de classificados de vagas de emprego e currículos de maior audiência da América Latina, segundo a Alexa, empresa que mede a audiência de sites no mundo inteiro. A Catho Online tem sido um dos maiores anunciantes da Internet no Brasil nos últimos 13 anos. Sua rede de sites parceiros e afiliados garante a maior audiência entre os sites de vagas de emprego e currículos da Internet brasileira. Mais de 85 mil empresas anunciaram vagas em 2010. Atualmente, mais de 30 mil empresas estão anunciando vagas na Catho Online. Ao cadastrar o seu currículo na Catho, você terá acesso a diversas ferramentas exclusivas que ajudarão na sua conquista de um novo emprego. São 6 mil novas vagas todos os dias, ou seja, quase 5 novas vagas por minuto. Recrutadores de todo o país visualizam mais de 100 mil currículos todos os dias no site da Catho. Mais de 12 mil pessoas optaram por cadastrar o currículo na Catho e foram contratadas durante a promoção de 7 dias grátis, ou seja, não pagaram nada! Mais de 286 mil pessoas já usaram o site anteriormente e voltaram a cadastrar o currículo na Catho. Ou seja, comprovaram e atestaram a eficiência do site. Mais de 270 mil pessoas cadastraram o currículo na Catho porque foram aconselhadas por amigos ou parentes que já foram assinantes e comprovaram que o site funciona. Em 2010, mais de 100 mil profissionais deixaram depoimento informando que conseguiram um emprego por meio da Catho. Destes, mais de 12 mil dentro dos 7 dias gratuitos. Este ano, mais de 1 milhão pessoas optaram por cadastrar seus currículos no site da Catho. Cadastre aqui seu currículo por 7 dias gratuitos: Fonte: Catho

Ensino a Distância (EaD) em diversas áreas da Saúde e em Radiologia e Diagnóstico por Imagem

O Portal Educação apresenta cursos online através do Imaginologia.com.br. Qualidade, preço competitivo e praticidade na hora de fazer uma reciclagem ou iniciar o aprendizado na área da Saúde. Cursos de ensino continuado à distância nas áreas de: Tomografia, Mamografia, Ressonância Magnética, Exames Laboratoriais, Radiologia Odontológica, Enfermagem em Exames Laboratoriais, Diagnósticos (RX, US, TC, RM) e Endoscópicos, Radiologia e Ultrassonografia de Pequenos Animais e muitos outros. O objetivo é atualizar os seus conhecimentos através da Internet, diminuindo seus custos de translado, hospedagens e suspensão de seu trabalho cotidiano. Acesse: http://www.portaleducacao.com.br/parceiro/imaginologia Os cursos oferecidos aqui através da parceria com o Portal Educação não são de graduação, pós-graduação ou técnico profissionalizante. Os cursos são cursos livres, de atualização/qualificação. Não há exigência de escolaridade anterior. Curso Livre, que após a Lei nº 9.394 - Diretrizes e Bases da Educação Nacional passou a integrar a Educação Profissional, como Educação Profissional de Nível Básico, é a modalidade de educação não-formal de duração variável, destinada a proporcionar ao trabalhador conhecimentos que lhe permitam reprofissionalizar-se, qualificar-se e atualizar-se para o trabalho. Os cursos são inclusive divulgados no site da Associação Brasileira de Educação a Distância – ABED. O certificado tem validade para fins curriculares e em provas de títulos, como certificado de atualização/aperfeiçoamento, respeitando a carga horária descrita e não podendo ser usado para outros fins. Por isto, destacamos novamente que NÃO é um certificado técnico profissionalizante ou de graduação ou de pós-graduação e não dá direito de assumir responsabilidades técnicas. O MEC só autoriza cursos de graduação e pós-graduação. Já as Secretarias Estaduais de Educação autorizam cursos técnicos profissionalizantes e do ensino médio.

Lançamento do livro Radiologia Básica

Em sua primeira edição, a obra, de Carlos Mello Jr. objetiva oferecer aos alunos de graduação dos diversos cursos da área da Saúde uma literatura abrangente e, ao mesmo tempo, objetiva sobre o Diagnóstico por Imagem. Editado pela Revinter, o volume é indicado para médicos em geral e alunos de Medicina, Biomedicina, Fisioterapia e Enfermagem, bem como a profissionais diversos que tenham interesse na especialidade. Durante os cursos de graduação em Medicina, frequentemente professores e alunos se questionam: qual a obra indicada como um livro básico de diagnóstico por imagem? Não havia uma resposta única, pois os excelentes textos nacionais e internacionais são inadequados para o estudante por sua profundidade e complexidade. A presente obra vem preencher esta lacuna. O autor fez um excelente trabalho ao contribuir com sua experiência e ao coordenar um grupo de renomados especialistas nas diversas áreas do diagnóstico por imagem para a realização desta obra, que aborda as principais áreas da especialidade com a profundidade e abrangência adequadas ao ensino de graduação. Ela será, com certeza, de grande valia tanto para o aluno de graduação em Medicina como em outras áreas das Ciências da Saúde. Capítulos do livro: Princípios Técnicos e Nomenclatura Radiológica, Radiologia Musculoesquelética, Radiologia Abdominal, Radiologia Torácica, Neurorradiologia, Radiologia da Cabeça e do Pescoço, Radiologia da Mama, Radiologia em Obstetrícia e Técnicas Avançadas.

Site Imaginologia.com.br completa 10 anos de sucesso e recebe selos de Acreditação e Certificação

Pioneiro na Internet, o portal Imaginologia completa 10 anos e com a preocupação constante de atualização dos clínicos e cirurgiões das diversas especialidades médicas. Criado em 1999, sobre a coordenação do médico radiologista Dr. Sandro Fenelon, o portal consolidou-se rapidamente como líder no segmento, com informações para profissionais da saúde e pacientes, orientações sobre exames, história da radiologia (Museu Virtual Dr. Sidney de Souza Almeida), artigos, PDA, legislação, livraria médica especializada, consulta de vagas de emprego e links úteis ao médico. Em reconhecimento à qualidade do conteúdo do site, o Imaginologia obteve acreditação e certificação pelas mais prestigiadas instituições fiscalizadoras da qualidade da informação médica na Internet, entre elas o Colegio Oficial de Médicos de Barcelona, Espanha, o que comprova a confiabilidade e a segurança das informações disponibilizadas. O Google concede Pagerank 4 ou 5 ao Imaginologia. Isso significa que sempre estamos entre os primeiros lugares nas ferramentas de busca. O Pagerank (PR) é uma das centenas de variáveis utilizadas pelo Google para definir quem aparece primeiro nos resultados de busca. O valor do PageRank que é exibido pelo Google varia de 0 a 10. Poucos sites no mundo possuem PR=10, como o próprio Google e a Casa Branca. No Brasil, por exemplo, a página inicial do UOL e do Terra alternam entre PR=6 e PR=8. Quanto mais alto for o PageRank, maior a possibilidade de um site aparecer bem posicionado na tela de resultados do Google.

Fonte: www.imaginologia.com.br

Metade dos futuros médicos não sabe avaliar radiografia

Quase metade dos estudantes do último ano de medicina em São Paulo não sabe interpretar uma radiografia e fazer um diagnóstico após receber as informações dos pacientes. Metade também indicaria o tratamento errado para infecção na garganta, meningite e sífilis e não é capaz de identificar uma febre alta como fator que eleva o risco de infecção grave em um bebê. Os dados são parte dos resultados de uma prova aplicada pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina) aos alunos do sexto ano de 25 faculdades do Estado de SP. A prova, opcional, mostrou que 46% dos formandos não sabem conteúdos básicos e, por isso, não estão preparados para a profissão. Participaram 418 alunos. Foram reprovados 191, que acertaram menos do que 60% das 120 questões objetivas. Ninguém acertou todas. "Não é uma prova para especialistas. São questões básicas", diz o presidente do Cremesp, Renato Azevedo Jr. Para José Bonamigo, da Associação Médica Brasileira, o resultado reflete as más condições de faculdades no país. "É uma prova que visa medir conhecimento básico de doenças frequentes. São questões que, se um médico não vê todo dia, vê toda semana." O exame, aplicado desde 2005, já teve 4.821 participantes: 2.250 foram reprovados. A reprovação se mantém alta - 43% em 2010 -, mas a participação cai a cada ano. Fonte: Folha de S. Paulo

Mamógrafos terão qualidade aferida no Brasil

Os mamógrafos do País terão de passar por controle de qualidade. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que uma regulamentação sobre o assunto deverá ficar aberta em consulta pública por 20 dias. "Atualmente, esse controle não é feito", disse. O texto com as novas regras foi preparado por um comitê de especialistas e por representantes dos conselhos de secretários estaduais e municipais de Saúde. As novas regras integram um pacote de medidas que o governo estuda para melhorar o acesso a serviços de diagnóstico. Auditoria feita neste ano revelou que 15% dos mamógrafos do Sistema Único de Saúde estavam sem uso. Dos equipamentos em funcionamento, 44% estavam concentrados no Sudeste. Dos 1.514 aparelhos existentes, 419 estavam quebrados, atuando com baixa produtividade ou com defeitos. O diagnóstico precoce do câncer de mama é considerado essencial para o sucesso do tratamento. A recomendação é de que mulheres a partir dos 50 anos realizem o exame a cada dois anos. Algo difícil de ser atendido por todas as mulheres que recorrem ao sistema público de saúde. O câncer de mama é o segundo em incidência entre mulheres. As taxas de mortalidade são elevadas: 40% - um porcentual atribuído principalmente ao diagnóstico tardio da doença no País. Para facilitar o acesso das mulheres a exames, o governo está orientando Estados a melhorar os serviços de manutenção dos aparelhos. "Esse trabalho tem de ser permanente", disse o ministro. O governo também quer incentivar cursos de capacitação de técnicos - que, segundo o ministro, são parte importante na qualidade do resultado do exame. Fonte: O Estado de S. Paulo – Caderno Vida

Um em cada cinco estudos médicos tem autor indevido

Pesquisa dos EUA mostra que cientistas são excluídos de artigos ou assinam trabalhos dos quais não participaram. Para especialistas, fraude de dados e conflitos de interesse com a indústria também preocupam. Um em cada cinco artigos científicos das principais revistas médicas do mundo tem problemas de autoria. O dado é de um estudo da Associação Médica Americana que analisou seis periódicos de prestígio: "Annals of Internal Medicine", "Jama", "Lancet", "Nature Medicine", "New England Journal of Medicine" e "PLoS Medicine". Foram encontrados casos de autores "fantasma" (que participaram do trabalho, mas não são citados) ou indevidos (que assinam a pesquisa sem ter contribuído). Essas práticas são condenadas pela ética científica. Manuais recentes das principais agências de financiamento à ciência do mundo determinam que deva ser autor ou coautor de artigos quem contribuiu significativamente para o trabalho. "O fato de um indivíduo ter usado um laboratório que você coordena para fazer um experimento não quer dizer que você será coautor do trabalho dele", exemplifica Mário José Abdalla Saad, diretor da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. Para ele, embora existam normas claras para identificar autores e coautores das pesquisas, ainda há uma espécie de "zona cinzenta". "Uma pessoa pode ter participado de maneira 'braçal' de uma pesquisa de modo decisivo. É preciso ter bom-senso para definir a autoria." O levantamento dos dados da Associação Médica Americana foi feito por um questionário respondido por e-mail por 630 autores principais de trabalhos publicados em 2008 nas principais revistas médicas do mundo. Os cientistas responderam a 30 questões sobre a definição dos autores dos estudos dos quais participaram. No resultado, 21% dos trabalhos apresentaram autoria indevida. A porcentagem é menor que em 1996, quando os autores inapropriados apareciam em 29% dos artigos científicos na área médica. Mas, para os autores, os números continuam altos. O estudo está publicado no "British Medical Journal". De acordo com Saad, da Unicamp, a autoria indevida é um problema, por exemplo, no processo seletivo de um pesquisador em uma universidade ou instituição de pesquisa. Isso porque os artigos contam pontos na seleção. "Mas é preciso lembrar que critérios como entrevista e prova também são levados em conta", afirma. Para ele, os conflitos de interesse das pesquisas financiadas pela indústria farmacêutica, por exemplo, envolvem questões éticas ainda mais preocupantes. "Outra questão que deve ser destacada é o plágio. O pior tipo de fraude é copiar reproduzir ideias sem mencionar a fonte", analisa Saad. O biólogo Marcelo Hermes-Lima, da UnB (Universidade de Brasília), lembra ainda que fraudar dados nas pesquisas médicas é algo gravíssimo, pois afeta diretamente a vida das pessoas. Ele destaca uma pesquisa publicada em maio no "Journal of Medical Ethics", que mostrou que 188 artigos retratados com fraude na área médica envolveram 17.783 pessoas - e receberam mais de 5.000 citações de outros cientistas, que deram continuidade às pesquisas. Fonte: Folha de S. Paulo – Caderno Ciência

Brasileiros estudam Medicina na Rússia a preços baixos

O fim da União Soviética alterou radicalmente o perfil dos estudantes brasileiros na Rússia. De militantes comunistas com bolsas estatais, passou para jovens de classe média atraídos pelos baixos valores dos cursos de medicina ministrados em inglês. O fenômeno é crescente e ocorre principalmente na Universidade Estatal Médica de Kursk (500 km de Moscou) -onde o consulado brasileiro identificou 150 estudantes. Há ainda brasileiros em Belgorod, na fronteira com a Ucrânia, em Rostov-on-Don e em São Petersburgo, além de Moscou. São, em geral, universidades estatais que hoje dependem da mensalidade de estudantes estrangeiros para se sustentar. No consulado em Moscou, estão registrados 170 alunos de medicina no país, mas o número é maior, pois muitos não vão à representação. Em Kursk, o aluno brasileiro paga R$ 3.400 por semestre no curso de medicina e R$ 720 pelo alojamento. Já em faculdades privadas de medicina de São Paulo e do Rio de Janeiro, cada semestre custa mais de R$ 22 mil. O curso de medicina nos dois países dura seis anos. Mas há os que abandonam o curso. Um dos alunos desistiu de estudar em Kursk por temer dificuldades na validação do diploma no Brasil, um problema recorrente para quem estuda medicina fora. Neste ano, foram aprovados só 65 dos 677 candidatos inscritos na prova do Ministério da Educação que valida diplomas estrangeiros. Muitos médicos que se formam em outros países esperam anos para se legalizar no Brasil. Fonte: Folha de S. Paulo

Hora trabalhada de mecânico já custa o dobro da de médico

A evolução da tecnologia nos carros está exigindo profissionais cada vez mais preparados para a manutenção. Segundo o Sindirepa-SP (sindicato da indústria de reparação de veículos) um mecânico recebe, em média, R$ 88 por hora. O valor dobra quando o profissional é especialista em injeção eletrônica. Em alguns casos, é mais do que recebe um médico, por exemplo. Segundo a pesquisa Bolsa de Salários, do Datafolha, um clínico geral ganha, em média, R$ 45 por hora. "A remuneração dos médicos está defasada há anos e na rede pública o salário é ainda menor", diz João Paulo Cechinel, diretor do Simesp (sindicato dos médicos). A APM (Associação Paulista de Medicina) diz que planos de saúde pagam cerca de R$ 35 por consulta médica. Para Gilberto Martinez de Oliveira, gerente de pós-venda da concessionária Sorana, o mecânico, hoje, não pode só mexer com graxa. "Precisa entender de mecatrônica e saber operar aparelhos de diagnóstico computadorizados." Na equipe de Oliveira, além de profissionais com cursos técnicos tradicionais, há dois com curso superior -um deles foi promovido a consultor técnico depois de concluir a pós-graduação. A situação, classificada pelo senso comum como inusitada, estaria ocorrendo devido aos avanços da tecnologia embutida nos carros. Agora, os mecânicos precisariam entender de mecatrônica e saber operar aparelhos de diagnóstico computadorizado, o que estaria levando alguns deles a fazer um curso superior, além dos técnicos tradicionais. Se o cenário é este para os veículos “comuns”, quem mexe nos carrões de luxo passa a estar em vantagem ainda maior. Um mecânico qualificado e certificado pela Mercedes recebe até R$ 7 mil. As concessionárias da marca alemã cobram R$ 200 pelo custo da mão de obra por hora, quantia similar às outras marcas de luxo. E você, já sabia que um mecânico ganhava, em média, mais do que os médicos? Você sente isso no bolso quando vai às oficinas? Fonte: Folha de S. Paulo

Lançado livro Netter Atlas de Anatomia Humana – Ed. Especial com Netter 3D

Conheça o novo olhar da anatomia humana: o olhar digital. Simplesmente um novo olhar sobre a anatomia humana em 624 páginas divididas em 8 seções: Cabeça e Pescoço, Dorso e Medula Espinal, Tórax, Abdome, Pelve e Períneo, Membro Superior, Membro Inferior e Anatomia Seccional Transversa. Pela primeira vez o atlas de anatomia humana mais adotado no mundo ganha uma edição especial. Ao comprar esta edição você ganha o acesso gratuito a uma licença completa para uso do software de anatomia tridimensional Netter 3D, além do acesso a um acervo extra exclusivo sobre anatomia humana no Student Consult – tudo na internet. Com Netter 3D você traz o corpo humano à vida como nunca antes. Faz dissecção e usa uma variedade de ferramentas desenhadas para ajudar você a aprender e entender anatomia de um modo interativo e divertido. A Edição Especial com Netter 3D traz muito mais surpresas. O livro tem uma linda capa com ilustração holográfica e vem dentro de uma caixa luxuosa estampada em prateado com a assinatura do Netter, o maior ilustrador de medicina de todos os tempos. Nesta edição você ganha também gratuitamente, além da licença para uso do software Netter 3D, o código de acesso ao site Student Consult. Basta raspar o local no verso da capa do livro e encontrar o código especial único, secreto e exclusivo do dono do livro. Depois, basta digitar o código que vem com o livro, e navegar em um incrível e variado universo de conteúdo interativo online e estuda a anatomia humana com um forte foco clínico como jamais houve para auxiliá-lo em sua prática. Nele você encontrará banco de imagens para visualização e download, casos e destaques clínicos, imagens clínicas, módulos de dissecção para cada parte do corpo, perguntas e respostas comentadas, testes de identificação, além de vídeos demonstrativos do software Netter 3D. Clique aqui para comprar.

Medicina e Internet: distância muda relação médico-paciente

Atender paciente pela internet ou pelo telefone é uma alternativa extrema, possível em casos de urgência e emergência, quando há obstáculo ao exame direto. É isso o que estabelece o Código de Ética Médica (CEM), em seu artigo 37. “De qualquer modo, o Código diz que assim que o obstáculo for superado o paciente deverá ser examinado”, ressalta o conselheiro federal Desiré Carlos Callegari. O CEM indica que o trabalho médico a distância, baseado em métodos como o da telemedicina, deverá ser regulamentado pelo CFM. A telemedicina a que o Código se refere, no entanto, não consiste no atendimento direto ao paciente, mas sim no suporte prestado a distância, por um médico qualificado, ao médico que está lidando com determinado paciente. “O que entendemos por telemedicina é a estratégia de se oferecer ao médico que atende o paciente a oportunidade de obter, por telefone ou pela internet, uma opinião qualificada de um médico especialista a respeito de um caso específico. Assim, a possibilidade que existe é a de suporte ao médico que está lidando com o paciente, e não a de que um médico atenda o paciente a distância – atendimento de pacientes a distância é uma conduta que viola a ética profissional”, explica Callegari. Informações pela internet – O CFM recomenda aos médicos que, à medida do possível, orientem seus pacientes sobre o uso da internet para a obtenção de informações que tratem de saúde. “A internet é um canal simples que eventualmente pode orientar, mas todos devem entender que a informação ali obtida não substitui a consulta com um médico”, avalia o conselheiro. Para a entidade, o acesso à informação médica na internet pode facilitar a participação do paciente na tomada de decisões, mas o número de sítios não confiáveis é expressivo e o risco de o leigo fazer seu diagnóstico, ou achar que tem determinada doença e se automedicar, é significativo e prejudicial. Fonte: Jornal Medicina/CFM

Pesquisa indica insatisfação dos médicos no Brasil

As cifras da saúde suplementar no Brasil revelam vigor: 46,6 milhões de pessoas utilizam planos ou seguros de saúde num mercado em que mais de mil empresas movimentaram cerca de R$ 72 bilhões em 2010, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Apesar do fôlego financeiro das operadoras, tanto médicos quanto usuários estão insatisfeitos com as práticas dessas empresas e com os serviços oferecidos. Em São Paulo, 74% dos 58 mil médicos que atendem planos de saúde consideram ruim ou péssima a relação das operadoras com os profissionais. O dado é de uma pesquisa inédita do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), realizada pelo Instituto Datafolha em abril de 2011. A crise entre a classe médica e os planos de saúde agravou-se muito nos últimos quatro anos. Em 2007, 43% dos médicos que atendiam planos de saúde afirmavam ter problemas com as operadoras, especialmente relacionados a baixos valores de honorários médicos, glosa ou negação de consultas, internações, exames, procedimentos e outras medidas terapêuticas. A pesquisa do Cremesp também buscou informações sobre a relação dos médicos com os empregadores públicos (com o Sistema Único de Saúde). Na avaliação de 59% dos médicos, a relação do SUS com os profissionais é ruim ou péssima. Ou seja, os médicos estão mais insatisfeitos com os planos de saúde (74%) do que com o SUS. Para Celso Murad, conselheiro do CFM e membro da Comissão de Saúde Suplementar (Comsu): “Os médicos compreendem a visão social do SUS e percebem a turbulência por falta de um financiamento adequado do Estado. Entretanto as empresas de planos são mercantilistas e com visão primordial no lucro e não na assistência ao paciente. O que elas querem é explorar o trabalho médico e reduzir o acesso do assegurado”. Fonte: Jornal Medicina/CFM

Cremesp divulga nota sobre uso de jaleco fora do local de trabalho

Sobre a Lei Estadual nº 14.466, de 8 de junho de 2011, que proibiu o uso, por profissionais da área da saúde, de equipamentos de proteção individual fora do ambiente de trabalho, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) esclarece: Não só os jalecos e aventais podem conter germes hospitalares, mas, também, uniformes, roupas comuns, gravatas, sapatos, bolsas, estetoscópios, óculos, celulares, mouses, teclados, “tablets”, relógios de pulso etc, usados por médicos e profissionais de saúde no ambiente de trabalho, o que não significa que essas peças sejam transmissoras de doenças; Não existe até o momento nenhuma comprovação, evidência ou descrição de casos de infecção ou contaminação de pessoas que tiveram contato com médicos que usam jalecos em ambientes não hospitalares. Ainda assim, o Cremesp recomenda que não sejam usados jalecos fora do ambiente de trabalho. O Cremesp apoia e promove todas as medidas de biossegurança capazes de prevenir ou reduzir a exposição da população e dos profissionais a riscos limitados aos locais de trabalho. Isso inclui o uso correto de equipamentos de proteção individual e a adoção de medidas simples e eficazes, como a prática profissional de lavar as mãos durante o trabalho e antes de sair às ruas; Por fim, consideramos que medidas educativas e campanhas de esclarecimento são mais eficazes do que legislações punitivas que assustam a população, afrontam os direitos individuais e ignoram as evidências científicas. Fonte: Cremesp

Lei que proíbe uso de jalecos nas ruas confunde população

Está proibida a circulação de profissionais de saúde com equipamentos de proteção, como jalecos e aventais, fora do ambiente de trabalho no Estado de São Paulo, de acordo com a lei estadual 14.466/2011. A discussão envolvida é a possibilidade desses equipamentos contaminarem as pessoas, mas o infectologista e conselheiro do Cremesp, Caio Rosenthal, explica que essa tese “ainda é teórica, pois não há nada comprovado”. Isso porque não só a vestimenta pode conter micro-organismos, mas também outros materiais que estão com os profissionais em qualquer momento do dia. “Já foi percebido que telefones, gravatas, aventais, quando os médicos saem dos hospitais, também estão infestados de germes”, explica Rosenthal, que completa: “Um estudo dos EUA mostra que até 25% dos celulares analisados estavam contaminados, embora não haja estudos que confirmem que os mesmos passam os germes para as pessoas”. Para o infectologista, a lei é bem intencionada, mas perde credibilidade por não haver comprovação científica. Em nota oficial à população, o Cremesp reforçou essa ideia, esclarecendo que “não só os jalecos e aventais podem conter germes hospitalares, mas, também, uniformes, roupas comuns, gravatas, sapatos, bolsas, estetoscópios, óculos, celulares, mouses, teclados, tablets, relógios de pulso etc, usados por médicos e profissionais de saúde no ambiente de trabalho, o que não significa que essas peças sejam transmissoras de doenças”. A lei 14.466, publicada em 8 de junho, prevê multa de 10 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo (UFESP) – R$ 174,50 – , em caso de infração. Se houver reincidência, a punição será aplicada em dobro. As penalidades serão aplicadas pelos órgãos estaduais de vigilância sanitária. Fonte: Jornal do CREMESP

Serviço Nacional de Saúde de Portugal envia resultados de exames por correio electrónico

Os resultados de análises, radiografias e outros exames pedidos pelos médicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) vão passar, no próximo ano, a ser enviados para os clínicos e utentes também por via electrónica, disse hoje fonte oficial. Ainda sem data para vigorar, a alteração será a segunda fase do processo de requisição daqueles meios de diagnóstico apenas por via electrónica, que começa na quinta-feira, disse à agência Lusa o vice-presidente da Administração Central dos Sistemas de Saúde, Fernando Mota. A alteração vai acabar com a necessidade de os utentes se deslocarem para irem "levantar" o resultado dos exames, podendo a eles aceder através de computador, tal como sucede com os médicos, que deixam de ter que transcrever as conclusões dos exames para o processo do doente, já que poderão anexá-lo informaticamente, especificou aquele responsável. Ao contrário do que sucedeu com a prescrição electrónica de medicamentos, agora com os exames a situação deverá decorrer com menos sobressaltos, já que o universo de médicos envolvidos é constituído apenas pelos clínicos que trabalham no SNS, considerou Fernando Mota. Além das vantagens para utentes e médicos, as inovações permitem um maior controlo sobre a prescrição de exames e funcionarão com dissuasor para eventuais fraudes, acrescentou. O bastonário da Ordem dos Médicos disse estar "menos preocupado" com eventuais problemas com o alargamento da prescrição electrónica aos exames do que quando se tratou dos medicamentos, já que agora só estão envolvidos os médicos do SNS. Salientou, no entanto, que o processo não irá funcionar a 100 por cento no início, tal como sucedeu com os medicamentos, mas disse esperar que o Ministério da Saúde salvaguarde forma de ultrapassar as situações em que o recurso aos meios informáticos não seja possível. Fernando Mota disse que eventuais falhas no sistema informático serão ultrapassadas com o preenchimento manual das requisições para os exames em modelo oficial e específico para o efeito. Fonte: DN

Diagnóstico por Imagem no SUS: problemas históricos bloqueiam avanços

Falta de investimentos e baixa remuneração desestimulam unidades de saúde privadas a se credenciarem ao serviço público Sistema Único de Saúde (SUS) tem hoje quase o dobro do número de mamógrafos necessários para detecção precoce de tumores. Mas só consegue atender 12% das mulheres entre 40 e 70 anos, faixa de idade para a qual a mamografia é recomendada. De acordo com o Ministério da Saúde, a situação resulta da concentração dos aparelhos em determinadas áreas do país. Outro complicador repousa sobre a baixa produtividade e a inoperância de parte dos equipamentos disponíveis. Este é apenas um dos reveses que afetam a área de diagnóstico por imagens dentro da rede pública. Considerando-se dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estima-se que para atender 152 milhões de pessoas (80% dos brasileiros) o SUS conte com 56% dos aparelhos para diagnóstico e tratamento de doenças disponíveis no país. São 704,8 mil equipamentos. Desse total, 396,9 mil estão alocados em serviços próprios ou credenciados pelo poder público. Fonte: Jornal Medicina/CFM

FDA aprova aplicativo gratuito que dá acesso a exames de imagem através de iPad, iPhone e iPod Touch

Nova abordagem tecnológica fornece acesso sem fio a imagens médicas para especialistas através do iPhone e iPad. O FDA (Food and Drug Administration) aprovou recentemente a utilização de um aplicativo de radiologia móvel “Mobile MIM”, da empresa MIMvista Corp na prática médica. Esta importante tecnologia oferece aos médicos a possibilidade de visualizar imediatamente as imagens e fazer diagnósticos preliminares, sem ter que voltar ao local onde o exame foi realizado. O aplicativo é uma ferramenta para a visualização de imagens médicas geradas por diversas técnicas (Raio X, Ultrassom, TC, RM, PET, SPECT etc). Com a capacidade de fundir imagens geradas por diferentes técnicas como TC e PET scan, o App é o primeiro a ser regularizado para o diagnóstico médico. De acordo com o FDA, “O aplicativo não irá substituir as estações radiológicos e pode ser utilizado apenas em circunstâncias que não têm acesso a eles. A tecnologia permitirá aos profissionais móveis consulta imediata das imagens, resultando em um diagnóstico preliminar, sem demora“. O programa está atualmente disponível para iPhone, iPad e iPod Touch em 14 línguas diferentes em 34 países. Os dados podem ser transferidos aos gadgets a partir de estações de trabalho ou de um servidor nas nuvens (MimCloud). O médico que receber as imagens pode medir distâncias e valores de densidade, e pode ler as anotações e regiões de interesse. O FDA também analisou os resultados de estudos de demonstração com radiologistas qualificados sob diferentes condições de iluminação. Todos os participantes concordaram que o dispositivo foi suficiente para a interpretação da imagem de diagnóstico, nas condições de iluminação recomendadas. O aplicativo pode ser adquirido gratuitamente via iTunes.
Fonte: FDA e iTunes

OsiriX HD: vizualização de imagens médicas agora disponível para iPad/iPhone

OsiriX é um dos melhores visualizadores radiológicos (DICOM), além de ser gratuito e de ter o código aberto. Agora você também poderá desfrutar do Osirix em seu iPad, com o OsiriX HD. A versão para iPad é paga e custa US$ 29,99, além de ser mais adequada para a visualização de imagens que a tela do iPhone. OsiriX HD foi lançado recentemente como um aplicativo universal para o iPhone e iPad. Ele pode exibir imagens de todas as modalidades de imagem, como a ultrassonografia, TC, RM, PET etc e pode ser usado como um complemento à versão desktop, proporcionando integração, ou por se conectar a um servidor PACS para recuperar imagens por WiFi ou 3G. As principais limitações são: resolução 1024 x 1024 pixels e o aplicativo ainda não foi aprovado pelo FDA (Junho/2011).
Fonte: Medgadget

Faculdade de Medicina da UFMG completa 100 anos

Um século de ensino e pesquisa. A Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) comemora, neste mês, 100 anos de uma trajetória de dedicação à saúde pública. Quando a faculdade foi aberta, Belo Horizonte ainda era Curral Del Rey. De lá para cá 15 mil médicos se formaram. Entre os ex-alunos ilustres da faculdade estão o ex-presidente Juscelino Kubitschek, o escritor João Guimarães Rosa e os médicos Ivo Pitanguy e Hilton Rocha. O antigo casarão que abrigava a faculdade não existe mais. O campus na Avenida Alfredo Balena é muito maior. Nele, por ano, se formam mais de 300 profissionais da saúde. Com mais de 2.000 alunos matriculados e um corpo docente de quase 400 professores, a Faculdade de Medicina celebra seu centenário com a publicação de um livro que fala sobre a evolução da medicina nos últimos três séculos. "Medicina: História em Exame" é o título do livro, organizado por historiadores da UFMG. Para o diretor da faculdade, administrar uma instituição com tanta tradição e complexidade é um desafio mas, ao mesmo tempo, um grande prazer. "Nossas pesquisas são referência não só no Brasil como em outros países, e nosso corpo docente é reconhecido internacionalmente".
Fonte: FM-UFMG

Erro médico: 95 por cento são considerados “honestos”

Apenas cinco por cento dos erros em saúde são considerados negligentes. Mais de 95 por cento dos erros ocorridos em medicina são considerados “honestos” e não negligentes, de acordo com dados internacionais revelados à Lusa pelo cirurgião José Fragata, que considera o sistema hospitalar “dominantemente seguro”. Apenas cinco por cento dos erros em saúde resultam do não cumprimento de regras por parte dos profissionais de saúde, considerados erros negligentes.Os mesmos dados internacionais indicam que, em cada 100 internamentos hospitalares, dez se complicam num erro qualquer. Mas apenas um terço desses dez casos terá consequências graves para os doentes. “A medicina é exercida maioritariamente por gente cumpridora e cuidadosa. Na maioria das vezes, os erros não têm um culpado directo e ocorrem mesmo apesar de todos os profissionais terem cumprido a sua obrigação”, comentou José Fragata, autor do livro “Erro em Medicina”. Bastará, por exemplo, que alguém não tenha compreendido uma mensagem ou que não tenha comunicado suficientemente com outra pessoa. O próprio sistema em que os profissionais de saúde trabalham pode predispor ao erro. José Fragata lembrou que a “medicina é hoje em dia exercida por um conjunto grande de pessoas e em organizações muito complexas”.
Fonte: TVI

Após 30 anos de exercício ilegal da profissão, falso médico é preso em São Paulo

Um homem de 74 anos, que há 30 anos exercia a medicina irregularmente, foi preso em flagrante por falsidade ideológica e exercício ilegal da profissão em São Paulo. A secretária dele também foi detida. A clínica do falso médico funcionava em um sobrado na Mooca, na Zona Leste da capital. A clínica passava por reformas porque seria transformada em clínica especializada em doenças do coração. Durante as consultas, ele vestia jaleco branco e usava equipamentos médicos. Os pacientes diziam que a consulta era muito rápida. “Acho que [a consulta] não chegou a um minuto”, afirmou um deles. Na clínica, foram apreendidos atestados, xaropes de fabricação caseira e carimbos com o registro no Conselho Regional de Medicina (CRM). O delegado Paulo Roberto Robles explicou que eles vão ficar presos porque o crime é inafiançável.
Fonte: Globo.com

Número de pediatras no Brasil diminuiu

A explicação para faltar mais pediatras do que outros médicos começa nas faculdades: os alunos de medicina estão desistindo da especialidade. Toda mãe, todo pai, até uma criança sabe o valor do pediatra. E todo mundo é capaz de imaginar o drama de não ter este médico quando mais se precisa. A busca desesperada por um médico especialista em crianças, o pediatra, virou situação comum em todo o país. Porque, no Brasil, hoje, faltam pediatras. Em 1996, 13,6% dos médicos eram pediatras. Hoje, 9,8%. O número de inscritos para a prova nacional que dá o título de pediatra depois de feita a residência caiu 42% nos últimos 12 anos. “Se nós não fizermos nada hoje, nós não teremos pediatras no futuro”, alerta Gloria Barreto Lopes, presidente da Sociedade Sergipana de Pediatria. No estado de Sergipe, existem dois hospitais que oferecem residência em pediatria, mas neste ano nenhuma vaga foi ocupada. Em um deles, por falta de residentes, o atendimento às crianças já está sendo prejudicado. No Hospital Juscelino Kubitschek, em Nilópolis, bem perto do Rio de Janeiro, a placa já avisa as mães: não há pediatra após as 18h. Por "problemas técnicos". O diretor-administrativo João Faria Moreira explica que problemas são esses. “A médica de quinta-feira pediu exoneração. Na Baixada Fluminense, infelizmente, é muito difícil você achar pediatra. É muito grande a procura. Se eu pegar as fichas ali você vai ver que hoje a gente atendeu 300 crianças. E nós temos três pediatras de dia e três pediatras de noite”. De onde se conclui que, no turno do dia, até as 18h, cada pediatra do hospital atendeu 100 crianças. Ou uma criança a cada sete minutos. As equipes do Fantástico percorreram o Brasil de norte a sul. De Pernambuco ao Rio Grande do Sul. E a situação é sempre a mesma. Faltam médicos para atender as crianças. Mas por quê? Por que tantos pediatras estão pedindo demissão? E por que os estudantes de medicina não querem mais saber dessa especialidade? Contra a carreira de pediatra, conta também o fantasma dos telefonemas a qualquer hora do dia ou da noite. E as ligações fora de hora são apenas uma das razões. “O pediatra trabalha muito, recebe telefonema em casa, tem que estar à disposição da família. E ganha pouco”, Ricardo Gurgel, vice-presidente da Sociedade Sergipana de Pediatria. O Ministério da Saúde fez uma pesquisa em 2008 com diretores de hospitais públicos para saber para qual especialidade é mais difícil encontrar profissionais. Deu pediatria em primeiro lugar. “A gente olha a porta e vê em torno de 50, 60 crianças, 60 mães esperando. A gente tem que atender em cinco, 10 minutos, no máximo. É triste, porque a gente gostaria de fazer um atendimento mais adequado. Só se realmente a pessoa gostar muito, tiver o sonho de ser pediatra, ela vai insistir e fazer, porque a realidade é difícil”, reconhece a pediatra Andréia Maria Galvão. De acordo com uma pesquisa encomendada pela Sociedade de Pediatria, 30% dos atendimentos de rotina a crianças e 43% dos de emergência são feitos por não-pediatras.
Fonte: Globo.com / Fantástico

Revista ''Lancet'' traça perfil da saúde no Brasil

Uma série de estudos feita pela revista científica britânica Lancet sobre a saúde dos brasileiros sugere que governo amplie gastos na área, melhore a infraestrutura para reduzir a elevada dependência de serviços privados e reforce as ações para o combate à obesidade e à dengue. Os cientistas destacam a necessidade de ampliar o controle de propagandas de alimentos infantis, tabaco e outros produtos potencialmente prejudiciais, como álcool e refrigerantes com açúcar. Preparado por um grupo de 29 pesquisadores brasileiros, o trabalho mostra - por meio da análise de uma série de estudos e dados estatísticos -que, embora o acesso da população brasileira aos serviços de saúde tenha aumentado, a qualidade do atendimento em muitas áreas ainda é ruim. Gastos públicos são menores que o ideal e, apesar do sucesso alcançado no controle de algumas doenças infecciosas, o País fracassou no controle da dengue e da leishmaniose. Mesmo o programa de aids, sempre alvo de referências elogiosas, é visto como uma estratégia que precisa ser aprimorada - sobretudo com o aumento de recursos para diagnóstico e tratamento em municípios de pequeno e médio porte. Entre os sucessos destacados pela série está a redução da mortalidade infantil, a interrupção da transmissão da doença de Chagas pelo inseto, a queda no índice de mortes por diarreia e cólera e o controle da doenças pelo uso de vacinas. Também é destacada a redução das infecções por hepatite A e B.
Fonte: Estadão

Resolução determina a aplicação do Acordo Ortográfico no ano lectivo de 2011-2012 em Portugal

Foi hoje publicada em Diário da República a Resolução do Conselho de Ministros que determina a aplicação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa no sistema educativo no ano lectivo de 2011-2012 e, a partir de 1 de Janeiro de 2012, ao Governo e a todos os serviços, organismos e entidades na dependência do Governo, bem como à publicação do Diário da República. Esta resolução adopta, ainda, o Vocabulário Ortográfico do Português, produzido em conformidade com o Acordo Ortográfico, e o conversor Lince como ferramenta de conversão ortográfica de texto para a nova grafia, disponíveis e acessíveis de forma gratuita no sítio da Internet www.portaldalinguaportuguesa.org e nos sítios da Internet de todos os departamentos governamentais, ambos desenvolvidos pelo Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC). Adoptado pelos oito países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), visa contribuir para a expansão e afirmação da Língua Portuguesa, através da consolidação do seu papel como meio de comunicação e difusão do conhecimento, como suporte de discurso científico, como expressão literária, cultural e artística e, ainda, para o estreitamento dos laços culturais. A harmonização ortográfica é igualmente fundamental para dar resposta aos cerca de 250 milhões de falantes, presentes em comunidades portuguesas no estrangeiro, nos países de língua oficial portuguesa ou, ainda, integrados no crescente número de pessoas que procuram a Língua Portuguesa pelas mais diversas razões, bem como para facilitar a afirmação da Língua Portuguesa no contexto das organizações internacionais e das novas tecnologias de informação e comunicação.
Fonte: Jornal Mundo Lusíada

Grã-Bretanha muda jaleco (bata) para combater infecções

O tradicional jaleco branco dos médicos britânicos terá mangas encurtadas a partir de 2008, em uma tentativa do governo de conter os casos de infecção hospitalar. Como parte das medidas anunciadas pelo ministro da Saúde, Alan Johnson, os médicos também não poderão mais usar blusas de manga comprida, gravatas, bijuterias, jóias ou relógios. Segundo o Departamento de Saúde do governo, os punhos das roupas, provavelmente, ficam "muito contaminados" pelas chamadas superbactérias -resistentes a antibióticos - encontradas em ambientes hospitalares, entre elas a Clostridium difficile, que causa diarréia e inflamação do cólon, e o Staphylococcus aureus, um dos causadores de pneumonia. Outras formas de proteção, como aventais plásticos, também serão adotadas. O departamento ainda aconselha médicos e enfermeiros britânicos a evitar o uso de gravata durante trabalho clínico. Os enfermeiros-chefes agora terão que relatar diretamente suas preocupações sobre limpeza e higiene para a direção dos hospitais quatro vezes por ano. Os diretores hospitalares também terão o dever legal de notificar os casos de infecção à Agência de Proteção de Saúde. "Estou determinado a que a segurança do paciente, inclusive a limpeza, sejam a primeira prioridade em todas as organizações do Serviço Nacional de Saúde", disse o ministro. "O pacote de medidas anunciado nesta segunda-feira dá maior responsabilidade aos enfermeiros e define orientações na vestimenta que vão ajudar a garantir a lavagem própria das mãos e evitar o alastramento de infecções." A estratégia foi definida depois de uma revisão do Serviço Nacional de Saúde proposto pelo primeiro-ministro britânico Gordon Brown pouco depois de ele assumir o cargo, em junho. Os hospitais também deverão receber novas orientações clínicas sobre o isolamento de pacientes infectados pelas superbactérias. Fonte: BBC Brasil

Caligrafia deve ser clara em receituários, atestados e laudos médicos

Cuidado com os registros feitos em receituários, atestados e laudos. Zelo na emissão de documentos. Essas duas frases indicam imposições do Código de Ética Médica em vigor desde 13 de abril – e, mesmo tendo sido herdadas do Código de 1988, permanecem sendo ignoradas. “Infelizmente, os conselhos ainda recebem regularmente denúncias relacionadas a receituário expedido com letra ilegível”. O capítulo das responsabilidades profissionais do Código, em seu art. 11, veda ao médico: “Receitar, atestar ou emitir laudos de forma secreta ou ilegível, sem a devida identificação de seu número de registro no Conselho Regional de Medicina da sua jurisdição, bem como assinar em branco folhas de receituários, atestados, laudos ou quaisquer outros documentos médicos”. “É sabido que dentre os nomes de marca ou fantasia de remédios disponíveis nas farmácias existem inúmeros que, apesar de terem princípios ativos to totalmente diferentes, possuem nomes parecidos. Se prescritos com caligrafia pouco legível, as farmácias podem acabar fornecendo medicamentos trocados e isso pode causar graves danos ao paciente: intoxicação, sequelas e até mesmo a morte”. “Aconselhamos os colegas a darem atenção máxima à elaboração de suas prescrições, precisando claramente o nome dos remédios. O mais desejável é que utilizem máquina datilográfica ou computador com impressora, se esses recursos estiverem disponíveis – eles dão clareza absoluta às palavras”, alerta. A Lei 5.991, de 17 de dezembro de 1973, determina que a receita deve ser aviada somente se “estiver escrita a tinta, em vernáculo, por extenso e de modo legível”. O Decreto 793, de 5 de abril de 1993, estabelece no inciso II do art. 35 que “somente será aviada a receita médica ou odontológica que estiver escrita a tinta, de modo legível”. Fonte: Jornal do CFM

Nova era na medicina - Convênio CFM/SBIS deve começar a operacionalizar em 2011 novos cartões para médicos

A papelada gerada pelas ações de saúde ainda é imensa no país. O Brasil tem quase 8 mil instituições hospitalares. Embora algumas disponham de tecnologia de ponta capaz de substituir ou reduzir o consumo de recursos naturais, outras não têm um único computador. No âmbito dos Conselhos de Medicina, várias ações são desenvolvidas desde 2002, quando o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS) firmaram convênio para o processo de Certificação de Sistemas de Registro Eletrônico, com o objetivo de melhorar a qualidade e a segurança das informações em saúde, na substituição do uso de papel por novos sistemas de armazenamento de dados, como o dos prontuários de pacientes. No próximo ano, o convênio deve iniciar uma nova etapa. O CFM pretende disponibilizar aos médicos, no primeiro semestre de 2011, uma nova carteira de identidade em policarbonato, com um chip que permitirá a chamada certificação digital. O CFM finaliza estudos sobre a viabilização da certificação digital junto à Casa da Moeda. A nova carteira terá uma espécie de assinatura digital, por um sistema criptográfico, pela qual os médicos poderão realizar operações nos meios virtuais. O cartão será útil para aquelas atividades profissionais que exijam assinatura do médico, como por exemplo, os prontuários eletrônicos. Em longo prazo, a medida deve eliminar os prontuários em papel, entre outros benefícios. Os outros benefícios e aplicabilidades dos sistemas de registro eletrônico – como a análise, feita por médicos dentro de um hospital e via monitor de computador, de exames, sinais biológicos e outras imagens – que melhoram a qualidade e aumentam a confidencialidade e segurança das informações. Fonte: Jornal do CREMESP

Prazo para retorno é prerrogativa do médico

A Resolução 1.958 do Conselho Federal de Medicina (CFM), publicada em janeiro, estabelece que é prerrogativa do médico fixar prazos para retorno de consulta. Quando houver necessidade de que o paciente se submeta a exames cujos resultados não podem ser apreciados na consulta, o ato médico terá continuidade em um segundo encontro, que deverá ocorrer dentro de prazo definido pelo médico – a resolução determina que, neste caso, não deve haver cobrança de novos honorários. No entanto, havendo alterações de sinais ou sintomas que requeiram nova anamnese, exame físico, formulação de hipóteses ou conclusões diagnósticas e prescrição terapêutica, o procedimento médico será considerado nova consulta e deverá ser remunerado. Nos casos de doenças que exigem tratamento prolongado, com reavaliações e modificações terapêuticas, as consultas poderão ser cobradas, a critério do médico. A norma diz que planos de saúde ou outras empresas do setor não podem fixar prazo de intervalo entre consultas. Os diretores técnicos dessas instituições serão eticamente responsabilizados em caso de desobediência às determinações da Resolução. Fonte: Jornal APM

Dia Europeu da Radiologia

Imagiologia é uma ferramenta indispensável na Medicina moderna mas poucos pacientes se apercebem da sua importância. Desde a detecção e tratamento do cancro até ao diagnóstico do AVC e avaliação dos doentes traumatizados, os radiologistas contribuem para salvar vidas por abarcarem todas as áreas da Medicina. De modo a aumentar o conhecimento do público, a Sociedade Européia de Radiologia (European Society of Radiology) irá comemorar o dia Europeu da Radiologia no dia 10 de Fevereiro, dia do aniversário da morte de Wilhelm Conrad Röntgen. A maior parte das pessoas está familiarizada com a radiologia convencional mas ocorreram vários avanços que levaram a que a Radiologia desempenhe um papel cada vez maior nos sistemas de saúde, não só na detecção de problemas mas também no tratamento. Trabalhando em parceria com outras especialidades a Radiologia tem tido um impacto significativo em múltiplas áreas como a detecção precoce do cancro, a avaliação rápida dos doentes traumatizados e localização precisa dos AVCs, entre muitos outros exemplos. O Dia Europeu da Radiologia irá ser palco de várias actividades coordenadas a nível da imprensa através de toda a Europa, de modo a realçar o papel e significado da Imagiologia Médica. A data de 10 de Fevereiro foi escolhida de modo a criar uma ligação entre os primórdios da Radiologia e o seu estado actual, de modo a salientar o progresso que ocorreu, bem como homenagear a vida do homem que deu os primeiros passos nesta área. Wilhelm Conrad Röntgen recebeu o Prémio Nobel da Física em 1901 pela sua descoberta dos raios X. É de salientar que ele recusou patentear a sua descoberta pois pretendia que toda a humanidade pudesse beneficiar das aplicações práticas dos raios X. Passados muitos anos sobre a sua morte ele continua a ser sem dúvida a personalidade mais importante da história da Radiologia, tendo lançado as fundações para os muitos e variados avanços que ocorreram posteriormente. Fonte: SPRMN

Disque-médico" prescreve remédio sem ver paciente

Repórter da Folha testou serviço vendido em site e foi orientada a tomar 2 medicamentos . A reportagem testou o serviço de orientação médica por telefone Dr. Responde, vendido em forma de cupom, com desconto, em um site de compras coletivas desde segunda-feira, conforme a Folha noticiou. O cupom de R$ 44,50 dá direito a dez ligações, durante um ano. Segundo o Código de Ética do Conselho Federal de Medicina, é vedado ao médico estabelecer vínculo com empresas que comercializam cartões de descontos. É também proibido prescrever tratamento sem exame direto do paciente, salvo em casos de urgência. Na ligação, que durou cerca de nove minutos e meio, a médica atendente prescreveu os remédios Floratil e Dramin B6 para queixa de diarreia, depois de ter feito algumas perguntas sobre o problema. Não é preciso ter receita médica para comprar os medicamentos prescritos. Também recomendou ingestão de líquidos e de bebidas isotônicas. No fim, orientou que, em caso de piora, o paciente deveria procurar um gastroenterologista. Não foram perguntados detalhes como o peso do paciente, se tem alergias ou se já tinha usado os medicamentos indicados. Renato Azevedo Júnior, vice-presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo, diz que médico não pode receitar sem exame. A exceção é a prescrição por telefone de medicamentos que aliviam os sintomas quando o médico já conhece e acompanha o paciente. No caso de diarreia, as causas podem ser várias. Só o médico, com exame presencial, pode fazer a análise. "Alerto para que os médicos não prestem esse serviço porque correm o risco de serem punidos." Já a médica do serviço afirma que só são prescritos medicamentos que aliviam os sintomas. "O serviço é limitado, mas tudo é feito com muita responsabilidade. Em casos graves, digo que não posso atender e pedimos que chame uma ambulância." Fonte: Folha de SP

Conselho Federal de Medicina aperta cerco ao grupo da medicina estética

Especialidade não é reconhecida por entidade médica, que se reúne dia 31 para discutir publicidade na profissão. O objetivo é aumentar controle sobre cirurgias plásticas; médicos especializados fizeram curso de 2 anos. O CFM (Conselho Federal de Medicina) quer fechar o cerco à medicina estética, que, apesar de ter até sociedade brasileira, não é considerada uma especialidade. "Qualquer médico que disser que está fazendo medicina estética está contra lei", diz Antônio Pinheiro, conselheiro do CFM. No próximo dia 31, a entidade fará uma reunião para discutir publicidade médica. Hoje, já é considerado ilegal pelo conselho que um médico faça propaganda da "especialidade". Agora, o conselho quer definir melhor quais casos são considerados publicidade. "Vamos construir uma padronização. Só o ato de anunciar "medicina estética", mesmo que seja no cartão de apresentação, no carimbo ou na placa do consultório, será irregular", diz Emmanuel Fortes, terceiro vice-presidente do CFM e coordenador da Codame (comissão de propaganda médica). As restrições à publicidade profissional devem vetar outras práticas, como o anúncio de cirurgia plástica por não cirurgiões. A medicina estética existe no Brasil de forma organizada desde 1987, quando foi criada a sociedade brasileira. Há 15 anos, a entidade dá cursos de pós-graduação lato sensu (popularmente chamados de especialização). Para fazer o curso, que dura dois anos, basta ser médico. Não é preciso ter nenhuma outra especialidade. Para Valcinir Bedin, dermatologista presidente da regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Medicina Estética, a proibição é desnecessária e exagerada. "Quando informamos que fazemos medicina estética, não dizemos que é uma especialidade. É como se fosse uma área de atuação", diz. Para ele, a medicina estética preenche uma lacuna entre a dermatologia e a cirurgia plástica. O profissional é capaz de fazer procedimentos como peelings, botox e preenchimentos de rugas. Segundo o CFM, as outras especialidades já são capacitadas para fazer esse tipo de intervenção. Ao ser mais rigoroso com a publicidade médica, o CFM também pretende inibir que outras especialidades que não a dos cirurgiões plásticos façam esse tipo de procedimento. "Não podemos proibir que outros médicos façam plástica, mas podemos proibir que eles divulguem isso", afirma Pinheiro. Fonte: Folha de SP

Resolução do CFM disciplina a prática ortomolecular

O objetivo é alertar para o risco do uso indevido de vitaminas e outros sais minerais, prescritos em doses elevadas. A prescrição de fórmulas e procedimentos sugeridos por médicos que adotam as práticas ortomolecular e biomolecular – termos considerados equivalentes quando referidos à prática clínica que busca o equilíbrio entre as células e as moléculas do corpo humano – foi regulamentada pela nova Resolução do CFM nº 1938, publicada no dia 5 de fevereiro, que atualiza uma norma de 1988. Considerando o fato da crescente divulgação para a população de novos métodos terapêuticos, baseados no emprego de substâncias visando ao equilíbrio celular, a nova Resolução alerta para o risco do uso indevido de vitaminas e certos sais minerais, receitados em doses elevadas. A decisão se baseia na insuficiência de comprovação científica de algumas dessas propostas, tanto para seres humanos sadios quanto para os doentes. “Entre os prejuízos estão o aumento do risco de câncer”, declara o conselheiro do Cremesp e representante do Estado de São Paulo no CFM, Desiré Carlos Callegari. A prática ortomolecular pressupõe o emprego de técnicas que possam avaliar quais nutrientes (vitaminas, minerais, ácidos graxos ou aminoácidos) podem, eventualmente, estar em falta ou em excesso no organismo humano. Mas, de acordo com a Resolução, é preciso que haja comprovações, embasadas em evidências clínico-epidemiológicas, que indiquem efeito terapêutico benéfico. Além disso, é necessário considerar as normas da Secretaria de Vigilância Sanitária para os níveis de dosagens diárias de vitaminas e minerais em medicamento e a sua utilização pelo paciente. “A Resolução disciplina como é que tem de ser tratado um paciente para que não haja riscos de vida. Não estamos abolindo a terapia ortomolecular. Muito pelo contrário. Pensamos que a terapia tem seu lugar, com suas especificações, que já foram comprovadas cientificamente e, por isso, não devem ser desmerecidas”, afirma Callegari. Segundo ele, “da maneira como alguns a aplicavam, causava malefício. Por isso, a Resolução chega em boa hora, no sentido de ficarmos mais vigilantes quanto a essa prática”. O professor titular de Medicina de Urgência e de Medicina em Evidência da Unifesp, Álvaro Atallah, também considera a decisão bem adequada. “Chega de aplicar intervenções com base em crenças e interesses, sem a devida comprovação científica”, critica. Ele argumenta que “os colegas da área devem fazer pesquisas clínicas de qualidade sobre as medidas nas quais acreditam para justificar a prática”. Outro ponto importante da Resolução do CFM ressalta que a adoção da prática ortomolecular não deve substituir medidas higiênicas, de correção nutricional e estilo de vida por qualquer tratamento. A reposição medicamentosa para comprovadas deficiências de nutrientes somente poderá ser adotada se houver nexo causal entre a reposição de nutrientes e a meta terapêutica ou preventiva. Além disso, a remoção de minerais como ferro e cobre, quando em excesso, ou de minerais tóxicos, agrotóxicos, pesticidas ou aditivos alimentares deverá ser avaliada com rigor e isoladamente. Fonte: Jornal do CREMESP

Obrigatoriedade do serviço militar (médico) é uma improvisação

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara aprovou, em março, o projeto 6078, pelo qual a dispensa concedida aos estudantes de Medicina – ou Odontologia, Veterinária e Farmácia – na época do alistamento só terá validade até a formatura. Depois disso, a convocação seria reavaliada pela autoridade militar, que poderia determinar a prestação do serviço obrigatório. A proposta já havia sido aprovada pela Comissão de Seguridade Social e Família e ainda terá de passar pela de Constituição e Justiça e de Cidadania. As entidades médicas discordam do argumento de que as Forças Armadas devem levar assistência ao interior do país. Para a Associação Paulista de Medicina (APM), a obrigatoriedade do serviço militar não pode substituir as condições de trabalho oferecidas pelo Poder Público, que deveriam ser suficientes para atrair médicos civis a locais de difícil provimento. “Trata-se de uma improvisação, um quebra-galho”, critica o presidente da APM, Jorge Curi. A solução adequada é o reconhecimento da medicina como carreira de Estado, sinônimo de mobilidade, salários condizentes, infraestrutura e estabilidade. Fonte: Revista da APM

Concentração de médicos aumenta 33% em 10 anos

São Paulo tem um médico para cada 410 habitantes. A concentração aumentou 33% desde o ano 2000, quando o número era de um para 542, segundo levantamento do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp). A média nacional é de 551 habitantes por médico. Distrito Federal (281), Rio de Janeiro (295) e Goiás (333) são os Estados que superam São Paulo. O estudo também revela que, de 2000 a 2009, a população paulista cresceu 12%, enquanto o número de médicos aumentou 48%. As cidades que mais concentram profissionais são Santos, Ribeirão Preto, Botucatu e Campinas, com média de um para menos de 200. Fonte: Revista da APM

Comunidade Médica de Língua Portuguesa agora tem site

Desde o começo de maio está em funcionamento o site da Comunidade Médica de Língua Portuguesa (CMLP) no endereço http://cmedlp.org. Na página, pode ser encontrado o estatuto de fundação da CMLP, histórico, notícias recentes sobre a comunidade, além de informações sobre os países participantes. Também está acessível aos interessados que visitarem o site programas gratuitos de educação médica continuada – nesta fase inicial encontram-se disponíveis apenas os viabilizados no Brasil, por intermédio dos convênios AMB e CFM. A CMLP foi criada em 2005 e atualmente congrega como membros as representações médicas de Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique e Portugal, e, como observadores, Guiné Bissau e São Thomé e Príncipe. O objetivo da entidade é que os médicos lusófonos possam trocar informações e experiências. O site da CMLP terá enorme importância nesse sentido, tornando-se uma ferramenta útil, especialmente quando se trata de educação médica continuada. Os cinco países que hoje compõem a Comunidade Médica de Língua Portuguesa (Brasil, Portugal, Angola, Cabo Verde e Moçambique) poderão estar representados já na próxima Assembleia da Associação Médica Mundial (WMA). Fonte: Jornal da AMB

Médico hospitalista, uma atividade em crescimento

Responsabilidades envolvem dedicação integral aos pacientes internados e gestão da atividade médica. A chamada Medicina Hospitalar é a atividade médica que mais cresce nos Estados Unidos. Em apenas 10 anos – de 1996 a 2006 – o número de profissionais passou de mil para mais de 20 mil. No Brasil, existem experiências promissoras. Os principais hospitais dos Estados Unidos já adotaram a Medicina Hospitalar. O que mais diferencia o médico hospitalista é o seu local de atuação. Assim como há os intensivistas, que cuidam das UTIs, e os emergencistas, que ficam no pronto-socorro, este profissional se dedica integralmente aos pacientes internados na enfermaria do hospital. Para trabalhar como médico hospitalista, é preciso ter bom conhecimento de emergências, um perfil de ótimo relacionamento interpessoal e interprofissional, além de competências em gestão. Diferentemente do plantonista, que atua em sistema de escalas, nem sempre regulares, o hospitalista é um médico contratado pela instituição. Faz o acompanhamento horizontal dos pacientes internados, com dedicação em período integral ou, no mínimo, meio-período. Ele mantém a interface com os médicos das diversas especialidades, acelera a realização de exames, auxilia no pré e no pós-operatório e agiliza a alta do paciente. Além disso, atua como um verdadeiro gestor, gerenciando protocolos, criando e acompanhando indicadores de qualidade. Implantar uma equipe de médicos dedicada na enfermaria significa diminuir o tempo de cada atendimento, da resposta em casos de emergência e o período que o paciente recuperado aguarda a alta médica, reduzindo o risco de infecções. O paciente, por sua vez, seria mais bem atendido e teria maior confiança na instituição, personificada na figura do hospitalista. Quando um mesmo médico atende o paciente todos os dias, conhece o histórico e pode constatar a evolução mais rapidamente. Para o hospital, a vantagem estaria principalmente na diminuição do tempo de internação e na racionalização do sistema como um todo. Finalmente, no que diz respeito aos médicos, a atuação contínua possibilitaria uma melhor administração das prioridades de atendimento, inclusive dos procedimentos eletivos, o que resultaria em maior resolutividade. A atividade também ajudaria a resgatar o valor do generalista, representando novo e promissor mercado de trabalho para clínicos gerais e pediatras. Estimativas demonstram que o modelo pode reduzir o tempo de internação em 12% e os custos do hospital, em média, 13%. De acordo com os adeptos da Medicina Hospitalar, os médicos das diversas especialidades poderiam dedicar muito mais tempo a seus consultórios ou a outras atividades se não tivessem a obrigação de fazer as visitas no hospital, sempre mantendo o contato com os hospitalistas. Do ponto de vista científico, o presidente do Comitê Médico Jovem da Associação Paulista de Medicina (APM), afirma que os profissionais brasileiros estão mais do que prontos. “Os conhecimentos são os mesmos da medicina clínica. Não há motivo para a hospitalar se tornar uma especialidade, mas uma área de atuação, com capacitação para a parte administrativa.” Fonte: Revista da APM

Quase metade dos médicos receita o que a indústria indica

Quatro em cada cinco médicos recebem visita de fabricantes; desses, 48% indicam remédios sugeridos pela indústria. Quase metade (48%) dos médicos paulistas que recebem visitas de propagandistas de laboratórios prescreve medicamentos sugeridos pelos fabricantes. Na área de equipamentos médico-hospitalares, a eficácia da visita é ainda maior: 71% dos profissionais da saúde acatam a recomendação da indústria. Os dados, obtidos com exclusividade pela Folha, vêm de uma pesquisa inédita do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de SP), que avaliou o comportamento médico perante as indústrias de remédios, órteses, próteses e equipamentos médico-hospitalares. Feito pelo Datafolha, o levantamento envolveu 600 médicos de várias especialidades, que representam o universo de 100 mil profissionais que atuam no Estado. Do total, 80% deles recebem visitas dos propagandistas de medicamentos - em média, oito por mês. A pesquisa revela que 93% dos médicos afirmam ter recebido, nos últimos 12 meses, produtos, benefícios ou pagamento da indústria em valores até R$ 500. Outros 37% declaram que ganharam presentes de maior valor, desde cursos a viagens para congressos internacionais. Para o Cremesp, um terço dos médicos mantém uma "relação contaminada com a indústria farmacêutica e de equipamentos, que ultrapassa os limites éticos". "Para boa parte [dos médicos], a única forma de atualização é a propaganda de laboratório. E com ela vem os presentes, os brindes. Isso tomou uma dimensão maior, mais promíscua, quando as receitas passaram a ser monitoradas", diz Luiz Alberto Bacheschi, presidente do Cremesp. Em 2005, a Folha revelou que, em troca de brindes ou dinheiro, farmácias e drogarias brasileiras auxiliavam a indústria de remédios a vigiar as receitas prescritas por médicos. Com acesso a cópias do receituário, representantes dos laboratórios pressionavam os profissionais a indicar seus produtos e os recompensavam por isso. A prática não é ilegal, mas é considerada antiética. Afinal, quem pode pagar essa conta é o paciente. "Na troca de favores, o médico pode receitar um medicamento que tenha a mesma eficácia clínica do que o concorrente, mas que custa mais caro", explica o cardiologista Bráulio Luna Filho, coordenador da pesquisa do Cremesp. A maioria dos médicos (62%) avalia de forma positiva a relação com a indústria. Para 73% deles, os congressos científicos não se viabilizariam sem apoio da indústria de medicamentos e de equipamentos. Luna Filho pondera que, com a internet, o acesso a informações médicas está universalizado. "Essa conversa de que médico tem que ir para congresso no exterior para se atualizar é balela. Ele vai é para fazer turismo." Existem várias normas -inclusive um artigo no novo Código de Ética Médica, uma resolução da Anvisa e um "código de condutas" da associação das indústrias- que tentam evitar o conflito de interesses na relação entre médicos e laboratórios. "O problema é que não existe um controle rigoroso de nenhuma das partes", diz Volnei Garrafa, professor de bioética da UnB. Fonte: Folha de São Paulo

Médicos "loteiam" eventos para indústria de remédios

Patrocinadores financiam até jantar para os presidentes dos congressos.Empresas bancam de palestrantes a papel timbrado; maior parte dos médicos defende patrocínio aos eventos. Papel timbrado, envelope, capas de encosto de cadeira, palestrantes e até o jantar do presidente do congresso. Tudo o que acontece nos eventos médicos é hoje patrocinado pela indústria de remédios e de equipamentos. Os próprios organizadores determinam os itens e os disponibilizam. A maioria (58%) dos médicos paulistas ouvidos em pesquisa do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de SP), divulgada ontem pela Folha, concorda que os congressos sejam financiados pela indústria. Uma parcela (19%) vai ainda mais longe: é favorável a que a indústria opine sobre a programação de congressos e simpósios médicos. As sociedades médicas garantem que essa interferência não ocorre. Nem mesmo quando os próprios palestrantes do evento são patrocinados pela indústria. É o caso, por exemplo, do próximo Congresso Brasileiro de Cardiologia, marcado para setembro em Belo Horizonte e que deverá reunir mais de 6.500 médicos. No site do evento, a coordenação montou um "book de comercialização", onde estão discriminados os itens a serem patrocinados-como os que estão no início desta reportagem- pela indústria. Viagens e hospedagem de palestrantes nacionais e internacionais dos eventos figuram entre eles. Segundo o cardiologista Miguel Antonio Moretti, coordenador de planejamento e infraestrutura da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), é a entidade que escolhe o palestrante, sem nenhuma interferência do patrocinador. "A empresa custeia a passagem aérea, a hospedagem e a alimentação do palestrante, mas é a SBC que decide quem vai trazer. Ética e transparência são uma questão de honra para nós." Moretti afirma que o custo do congresso médico é muito alto e, sem o apoio da indústria, o valor teria que ser repassado aos médicos, o que inviabilizaria a participação da maioria deles. "Não é todo médico que pode se dar ao luxo de ficar quatro, cinco dias sem ganhar nada e ainda tirar do bolso R$ 3.000, R$ 4.000 para participar de um congresso. Sem a indústria, esse custo seria muito maior." No item "jantar do presidente", a SBC informa ao potencial patrocinador que se trata de uma recepção para 400 pessoas, oferecida pelo presidente do congresso a todos os palestrantes internacionais e nacionais. "Esse é um patrocínio importantíssimo, pois é uma oportunidade de estreitar relacionamento com os principais formadores de opinião do evento."O médico José Luiz Gomes do Amaral, presidente da AMB (Associação Médica Brasileira), diz que os 4.000 eventos científicos que ocorrem anualmente no Brasil são essenciais não só para a atualização médica como para a troca de opiniões. "A indústria pode divulgar, patrocinar os congressos médicos. O que não pode é distorcer a informação." Fonte: Folha de São Paulo

Radiografia de tórax ajuda a prever efeito da gripe A (H1N1)

Estudo fornece dados significativos que irão ajudar a triagem de pessoas que apresentam suspeitas de gripe suína. Radiografias de tórax iniciais podem ajudar a prever o resultado clínico da gripe H1N1, mas o resultado inicial normal não pode excluir uma evolução desfavorável, de acordo com as conclusões de um estudo retrospectivo, publicado na edição de abril da revista Radiology.

"Nosso estudo fornece dados significativos que irão ajudar a triagem de pacientes clínicos apresentando suspeitas de gripe H1N1", disse o autor Galit Aviram, MD, de Tel Aviv Sourasky Medical Center, Universidade de Tel Aviv, em Israel. O objetivo do estudo foi avaliar se as conclusões sobre a radiografia de tórax inicial de pacientes com influenza A (H1N1) poderia ajudar a prever o resultado clínico. De maio a setembro de 2009, havia 179 pacientes adultos internados em unidade de emergência com um diagnóstico confirmado de gripe H1N1, incluindo 99 pacientes (55%) que tinham radiografia de tórax frontal no prazo de 24 horas. Os investigadores classificaram as radiografias por tipo e padrão de opacidades e distribuição zonal e as correlacionaram com as principais medidas de resultados adversos da ventilação mecânica e óbito.

Achados radiológicos anormais, provavelmente relacionadas à infecção de gripe, ocorreram em 40% dos pacientes, dos quais 13% tiveram resultados negativos contra 3% daqueles com resultado radiográfico normal. As anormalidades características incluíam aspecto em vidro fosco em 69%, a consolidação em 59%, opacidades irregulares em 41%, e nodular em 28%.Opacidades foram bilaterais em 62% e envolveu várias zonas do pulmão em 72%. Comparado com os pacientes com bons resultados, aqueles com resultados negativos apresentaram maior freqüência significativamente dos resultados obtidos em 4 ou mais zonas e distribuição periférica bilateral. "O amplo envolvimento de ambos os pulmões, evidenciada pela presença de opacidades bilaterais e multizonal periférica, está associada com prognóstico adverso," os autores do estudo descrevem. "Radiografias de tórax iniciais podem ter um significado no sentido de ajudar a prever o resultado clínico, mas as radiografias iniciais normais não podem excluir resultados adversos."

Fonte: Isaude.net

Tomógrafo móvel vai atender pacientes no interior do estado do Rio de Janeiro

Um tomógrafo móvel vai beneficiar moradores do interior do Rio de Janeiro. O Serviço Móvel de Tomografia Computadorizada (SMTC), projeto criado pela Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil (Sesdec) vai atender aos moradores de cidades onde não há esse tipo de exame na rede pública de saúde ou em que o serviço já existente não seja capaz de suprir a demanda. Segundo a prefeitura, o aparelho de tomografia computadorizada vai atender pedidos de exames que estavam aguardando na Secretaria municipal de Saúde. A capacidade é de 2,5 mil atendimentos por mês. Os exames serão realizados de segunda a sábado, das 7h30 às 18h.

Instalado em uma carreta especial, o equipamento é capaz de realizar um exame de corpo inteiro em apenas 30 segundos. Os aparelhos convencionais levam entre 20 e 40 minutos. A diferença se deve à tecnologia de múltiplos detectores, que permite que o aparelho tenha alta sensibilidade na identificação de lesões provocadas por traumas, tumores, processos infecciosos, entre outros. O aparelho, adquirido pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesdec), custou R$ 3 milhões. Para marcar um exame, o paciente deve entregar o pedido feito por um médico especialista à Secretaria Municipal de Saúde, que encaminhará uma planilha com as demandas para o serviço. O paciente é informado pela prefeitura sobre a data em que deverá comparecer para realizar o exame. Os pacientes que possuem aparelho celular recebem uma confirmação via Serviço de Mensagens Curtas (SMS) com 48 horas de antecedência. O tomógrafo vai ser usado por médicos radiologistas, com especialização na área, e atenderá usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), gratuitamente. O tomógrafo é operado por médicos radiologistas, com especialização na área e o resultado do exame é entregue à prefeitura, que fica responsável por enviar ao paciente, para ser encaminhado ao médico solicitante. Para agendar o exame, o paciente deve entregar o pedido à Secretaria Municipal de Saúde, que encaminhará uma planilha com as demandas para o Serviço. Desde agosto do ano passado, quando entrou em operação, o Serviço Móvel de Tomografia Computadorizada já esteve em Resende, Valença, Teresópolis, Três Rios, Bom Jardim, Araruama, Rio das Ostras, Campos dos Goytacazes, Itaperuna, Santo Antônio de Pádua, São Gonçalo, Nilópolis, Rio de Janeiro (no Hospital Souza Aguiar) e Nova Iguaçu. Ao todo, foram realizados 8.593 exames. A Sesdec prevê para este ano a inauguração de outro tomógrafo móvel e uma ressonância magnética móvel.

Fonte: Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil (Sesdec) - RJ

Médicos pressionados pelos doentes para usarem exames radiológicos

Um estudo recente mostra que doentes que acreditam que o facto de fazerem testes radiológicos e análises são um passo necessário à sua cura têm maior probabilidade de realizarem esses testes do que as pessoas que não dão tanta importância a essas análises. Ou sejam, os doentes, influenciam o médico, directa ou indirectamente, para que ele ordene a execução desses exames. O Grupo do Dr. Ira B. Wilson estudou 1137 pessoas idosas, examinando o impacto da importância que o paciente dá aos exames radiológicos e a probabilidade de estes virem a ser prescritos pelos seus médicos. Descobriram que, os doentes que dão importância aos exames têm quase o dobro da probabilidade de virem a efectuá-los. O estudo vai de encontro ao aspecto anedótico de os doentes "encomendarem" ao profissional de saúde os exames que eles acham necessários. Assim, para reduzir o número de testes e análises efectuadas devem-se educar os pacientes, para além de incentivar os médicos a realizar menos testes. O Dr. Wilson sugere ainda que os médicos e pacientes devem falar aberta e frequentemente sobre os prós e contras da realização de análises de vários tipos.

Fonte: MNI - Médicos Na Internet

Ultrassom agora é festa

Exame que acompanha o crescimento do feto e detecta eventuais anomalias vai à casa da gestante e vira pretexto para evento social; médicos criticam banalização do uso do aparelho em 4D. Quando engravidou pela segunda vez, a gerente de vendas Érika Szmoisz reuniu em casa tios, avós, marido e babá, e fez ali mesmo seu primeiro ultrassom em quatro dimensões. Dividiu o custo do exame delivery com a família e não tem dúvida: diz que se tiver outro filho, fará a mesma coisa. O ultrassom 4D -que, em vez de gerar fotos, faz um vídeo da criança em movimento- está se tornando tão popular nas clínicas que algumas, para se diferenciar, começam a oferecer os serviços em domicílio. Assim, a grávida pode reunir a família inteira e chamar quem ela quiser, na hora do exame, para exibir seu bebê. Uma clínica na cidade de São Paulo, atende em chás de bebê e festas de família como a de Érika. Mas a comodidade tem seu preço: o atendimento em casa custa R$ 2.000 no fins de semana e feriados e R$ 1.500 de segunda a sexta-feira. Quando o ultrassom é feito na própria clínica, o preço cai para R$ 300. "A gente percebeu que havia um mercado grande para trabalhar", diz Telma de Oliveira, sócia da clínica. Fabiana Sebergas Pinhal, grávida de 34 semanas, é uma das gestantes que se animou a fazer o ultrassom 4D no chá de bebê. Acabou desistindo da ideia porque resolveu transferir a festa para Minas Gerais, na casa de parentes. Mas acabou ganhando da clínica o exame domiciliar, em São Paulo. "Em casa, você pode ficar à vontade e o tempo que eles disponibilizam para o exame é maior", diz. Já outro local, especializado em ultrassom 4D, pretende implantar o atendimento domiciliar em junho. Por enquanto, faz entre cem e 150 exames por mês, na própria clínica. Lá, é permitido levar a família toda para a sala do ultrassom e o atendimento é aos sábados, para não coincidir com o trabalho da plateia. A clínica também tem convênio com uma produtora e dá desconto se a gestante decide fazer um ensaio fotográfico. "A produtora faz a foto de fora e a gente faz a foto por dentro", brinca Daniela Figueiredo, dona da clínica. Detalhe: o exame não inclui diagnóstico médico. "A mãe assina um termo sabendo que é só a foto", diz. Bruna Jorge, que acabou de ter a segunda filha, começou a fazer o ultrassom 4D com sete semanas de gravidez. Disse que perdeu a conta dos exames fez. Professora, além de mostrar os vídeos para a família, os levou para seus alunos do ensino fundamental. Médicos obstetras ouvidos pela reportagem divergem quanto a esse uso desregrado do ultrassom.

Para Eduardo Souza, coordenador científico de ginecologia e obstetrícia da unidade Amália Franco do Hospital São Luiz, não há problema em a gestante fazer vários exames, mesmo que por conta própria. A única recomendação do médico é que ela mantenha a consulta pré-natal e faça o ultrassom 4D apenas a partir de 30 semanas de gravidez. "Daí ela já consegue ver algumas feições do bebê, fica um exame mais agradável". Já para o obstetra Sérgio Kobayashi, chefe do setor de medicina fetal do Hospital Sírio-Libanês, o exame só deveria ser feito com recomendação médica, para complementar o ultrassom tradicional, em casos específicos. Mas, segundo ele, o apelo comercial do exame 4D é muito grande. "A gente não sabe exatamente a longo prazo quais são os efeitos do ultrassom sobre o feto. Até hoje, não existe uma comprovação científica de que o exame é 100% seguro." Para o ginecologista e obstetra Eduardo Motta, do Hospital Israelita Albert Einstein, a discussão não é sobre os efeitos negativos no bebê, que seriam nulos, mas sobre a banalização do ultrassom e sua transformação em espetáculo. "Passa-se a ideia de que fazer ultrassom 4D é fundamental para a avaliação de bem-estar do bebê. é uma ideia errada, que acaba sendo incentivada por celebridades que até compram aparelhos de ultrassom." Foi o que fez, por exemplo, a cantora Ivete Sangalo. A atriz norte-americana Katie Holmes é outro exemplo de famosa que comprou o aparelho quando estava grávida. No Brasil, resolução do Conselho Federal de Medicina determina que só médicos realizem e interpretem os exames.

Fonte: Carolina Leal (colaboração para a Folha) – Folha de S. Paulo

Nordeste e Norte do Brasil recorrem a médico “ilegal”

Profissional sem registro no Brasil é aceito no interior. Com uma proporção de médicos inferior à de países africanos em algumas regiões, Estados do Norte e do Nordeste sofrem para atrair profissionais para trabalhar no interior e até cometem irregularidades. No Acre, por exemplo, o Ministério Público chegou a autorizar, por meio de um acordo, duas cidades a continuar empregando médicos sem registro no CRM (Conselho Regional de Medicina), formados em outros países, como Cuba. De acordo com levantamento do Conselho Federal de Medicina, o interior de Roraima possui um médico para cada 10 mil habitantes, índice pior que o de Guiné-Bissau, na África. Poucos médicos se interessam por postos de trabalho em localidades afastadas de grandes centros, com escassa estrutura de trabalho e, frequentemente, instabilidade política. Nem salários de R$ 16 mil ao mês são suficientes. De acordo com o conselho, na maioria dos Estados a maior parte dos médicos se concentra nas capitais. Na Bahia, com mais vagas do que profissionais disponíveis, as prefeituras fazem concorrência predatória por médicos, de acordo com a Fundação Estatal Saúde da Família, criada por municípios para solucionar o problema. Oferecendo R$ 200, R$ 500 a mais, [a prefeitura] tira um médico de um lugar e leva para outro, afirma o diretor do órgão, Hêider Pinto. Segundo ele, outro atrativo criado pelos municípios para compensar a transferência a uma localidade afastada é diminuir clandestinamente a carga de trabalho abaixo da prevista no Programa Saúde da Família, do governo federal. No Piauí, uma irregularidade comum é um mesmo médico trabalhar em até quatro municípios ao mesmo tempo para atender à demanda. Diploma no exterior Com 7.500 habitantes, o município acriano de Manoel Urbano (226 km de Rio Branco) tem quatro médicos. Dois são brasileiros formados em Cuba. Sem diploma revalidado no Brasil, o que legalizaria sua situação, esses profissionais não poderiam exercer a medicina, mas são contratados de modo informal pela cidade, ganhando R$ 5.500 ao mês.

O Ministério Público do Estado soube do caso, que ocorre também na cidade de Porto Acre, e decidiu dar um prazo de sete meses para que a situação seja regularizada. A Promotoria, por meio de sua assessoria, disse que fixou o período porque a população não pode ficar sem médico. Mas se comprometeu com o CRM a não repetir a estratégia em outras cidades. O secretário da Saúde de Manoel Urbano, Eduardo Santos, diz que a cidade não tem outra opção e que o trabalho de médicos irregulares é só na orientação e em coisas simples. Coisas mais complexas passam por médicos com CRM. No Amazonas, o conselho já soube de quatro casos de médicos sem CRM neste ano. No Tocantins, fiscalização de 2007 mostrou que quase metade dos 48 municípios verificados tinha médicos ilegais. O conselho local diz que a situação já foi contornada. O ex-secretário da Saúde do Piauí, Assis Carvalho, que deixou o cargo em março, diz que os alunos de medicina são formados no país só para trabalhar com especialidades, o que prejudica a oferta de mão de obra. Ninguém quer trabalhar com a prevenção, com a saúde da família, afirma Carvalho.

Fonte: Felipe Bachtold - Folha de S. Paulo

Curta-metragem “O médico” emociona novos e veteranos profissionais

Homenagear os médicos – veteranos e novatos – mostrando a influência que exercem na vida das pessoas. Esse é o objetivo do vídeo “O médico”, produzido em parceria pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR). O curta-metragem, que traz o relato poético de um homem que se recorda do momento em que, criança e adoentado, visita o médico acompanhado pela mãe, foi lançado durante o I Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina de 2010. Com seis minutos de duração, o filme é uma adaptação de crônica extraída do livro O médico, do educador e escritor Rubem Alves, que participou do encontro como palestrante e, inclusive, atua de forma especial: além de narrar a história, interpreta a figura do senhor que visita o médico e revive a admiração da infância. O trabalho – idealizado pelo 2º secretário do CFM, Gerson Zafalon Martins, e dirigido por Nelson Assis (Keko) – levou 20 dias para ser gravado em locações em Curitiba. “O médico” pode ser assistido na página do YouTube: http://www.youtube.com/user/crmpr#p/a/u/0/h9ySZdWD_6E

Médicos investigam como a fé afeta a Saúde

Um grupo de cientistas do Center for Spirituality and the Neurosciences, da University of Pennsylvania, EUA, está a investigar como a fé e a espiritualidade afectam a saúde e o comportamento humano. A partir de análises de imagens computadorizadas, os cientistas verificam o comportamento de determinadas áreas cerebrais e a alteração dos níveis hormonais. "A espiritualidade e a fé não estão necessariamente relacionadas com a fé religiosa", disse Andrew Newberg, líder da investigação, e professor do departamento de Radiologia e Psiquiatria da universidade. Segundo o cientista, os sentimentos de clareza e bem-estar podem vir também de outras expressões artísticas, como meditações não-religiosas, um bonito pôr-do-sol ou ao ouvir música. "Os ateus também têm fé", disse. Num dos estudos, a equipa liderada por Newberg analisou imagens computadorizadas do cérebro de um cristão (da igreja pentecostal) enquanto praticava glossolalia (uma espécie de reza efectuada em várias línguas). Depois, repetiram o mesmo procedimento com um grupo enquanto cantava música gospel. Comparando os dois resultados, o grupo que praticava glossolalia teve uma diminuição das actividades na parte do cérebro relacionada à linguagem.

Num outro estudo recente, a mesma equipa analisou dados obtidos a partir da meditação de budistas tibetanos e da reza de monges franciscanos e comparou os resultados medindo os níveis de actividade cerebral. Ambos os grupos mostraram uma diminuição das actividades nas partes ligadas à consciência e à orientação. A reza e a meditação também aumentaram os níveis de dopamina, um neurotransmissor associado ao estímulo da actividade cerebral. "Poucos olham para a espiritualidade a partir de um lado neurológico", disse o médico Newberg, que conta com uma equipa multidisciplinar de investigadores que exploram o relacionamento do cérebro com a fé baseados em pontos de vista biológicos, psicológicos, ideológicos e sociais. Segundo o médico Daniel Monti, membro da equipa de investigadores, o centro integrado de medicina da Universidade da Pensilvânia trata pacientes oncológicos e com dor crônica através de meditação e dietas apropriadas em conjunto com as terapias convencionais. Em declarações à imprensa internacional, Monti diz que estes métodos, outrora vistos com um certo preconceito, estão a começar a ser amplamente aceites pela comunidade médica e pelos pacientes.

Fonte: MNI - Médicos Na Internet

Número de médicos em Portugal aumentou nos últimos 15 anos

O número de médicos em Portugal tem aumentado a um ritmo bastante elevado nos últimos 15 anos, segundo as conclusões de um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE).Os dados divulgados ontem referem que em 2005 existiam 3,4 médicos por cada mil habitantes em Portugal, o que nos colocava ao nível de países como a França e a Alemanha e acima da média.

A OCDE salienta ainda que os dados portugueses referem-se apenas aos médicos inscritos na Ordem dos Médicos, o que não representa efectivamente o total de clínicos em actividade, ao contrário do que acontece com outros países. Nos últimos 15 anos, o acréscimo foi da ordem dos 35%, sendo que actualmente estão no activo cerca de 2,8 milhões de profissionais de saúde, segundo avança a edição de hoje do Público.

Na maior parte dos países, o aumento ficou a dever-se sobretudo ao crescente número de especialistas, sendo que o acréscimo registado entre os clínicos com especialidades foi de 50% contra um aumento de apenas 20% dos clínicos sem formação numa especialidade específica. Os dados revelam ainda que em Portugal, em 2005, o peso das despesas com a saúde aumentou, passando para 10,2% do PIB, valores que se situam acima da média da OCDE (9%).

Fonte: Portugalmail

Acordo Ortográfico entra em vigor em Portugal

Acordo Ortográfico, já em vigor no Brasil desde o início de 2009, deverá ser aplicado em Portugal em 2010, afirmou a ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas. Em Janeiro, o Diário da República será impresso já segundo o renovado português. A garantia foi da ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas que afirmou não querer antecipar-se à agenda do Conselho de Ministros mas confirmou que em 2010 entrará em vigor o novo Acordo Ortográfico. A ministra afirmou que "se seguirá o que está planificado e em Janeiro entrará em vigor o novo acordo ortográfico". Gabriela Canavilhas lembrou ainda que "já vai começar a haver ajustes e adaptações", dando como exemplo os manuais escolares. O Acordo Ortográfico foi aprovado em Dezembro de 1990 por representantes de Portugal, Brasil, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Angola e Moçambique.

Para vigorar, o acordo tem de estar ratificado por um mínimo de três dos oito países, o que foi alcançado em 2006 com São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Brasil, seguidos de Portugal. A Guiné-Bissau ratificou o texto este mês, faltando apenas Angola e Moçambique. Timor-Leste, que só aderiu em 2004 após a independência, fê-lo em Setembro último. O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, promulgou-o em Julho de 2008. Gabriela Canavilhas admitiu que irá "reflectir maduramente" sobre uma futura Academia da Língua Portuguesa

Fonte: Jornal Mundo Lusíadas

Portugal ingressa ao Colégio Interamericano de Radiologia

Motivo de alegria para todos os membros do Colégio Interamericano de Radiologia (CIR) foi a entrada formal de Portugal, representado pela sociedade nacional - Sociedade Portuguesa de Radiologia e Medicina Nuclear (SPRMN). Diretores e executivos do CIR deram as boas-vindas a esta organização de prestígio, que no ato foi representada pelo Dr. Filipe Caseiro Alves, contribuindo assim para o maior desenvolvimento da nossa especialidade. A SPRMN é segunda sociedade européia que se filia ao CIR e a segunda com língua portuguesa.

Fonte: CIR – Colégio Interamericano de Radiologia

Novo método para fazer ecografia à distância

Uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra desenvolveu uma tecnologia inovadora que permite realizar ecografias à distância através de um telecontrolo robótico.

A tecnologia inovadora desenvolvida por investigadores de Coimbra é um sistema que possibilita a realização de ecografias à distância, tendo a teleecografia sido testada e validada em laboratório. O coordenador do projecto, Rui Cortesão, explicou que a teleecografia permite que o médico telecomande um robô de forma a posicionar e orientar uma sonda ecográfica. O procedimento pode ser efectuado com ou sem a presença de uma força de contacto, acrescentou o especialista. O sistema remoto é dotado de uma tecnologia que permite «recolha, gravação e visualização de toda a informação considerada relevante, incluindo vídeo-conferencia entre especialistas e utentes. No entender do investigador, a nova técnica poderá ser um utensílio no futuro para as unidades de saúde que não têm especialistas com componente imagiológica, como ginecologia/obstetrícia, cardiologia e radiologia.

Fonte: Ordem dos Médicos – Secção Regional Centro

Alergia a frutos do mar não é causada por iodo, mostram estudos

Alergias a frutos do mar representam a forma mais comum de alergia alimentar em adultos, afetando de 2 a 3% dos norteamericanos. Porém, há vários mitos a respeito dessa condição. A inverdade mais comum pode ser a de que alergias a moluscos em particular, que representam a maioria das alergias a frutos do mar, seriam causadas por uma intolerância ao seu conteúdo de iodo. Como resultado, muitos pacientes que aparecem em hospitais para realizar exames de tomografia computadorizada e outros procedimentos de imagens de raios-X que envolvem agentes de contraste contendo iodo, temem graves reações alérgicas.

Segundo alguns estudos, essa ideia é um mito: as alergias são causadas por proteínas nos animais, e não por seu conteúdo de iodo. Todavia, pesquisadores descobriram que o mito persiste, ao menos em parte, porque os médicos ajudam a propagá-lo.

Um estudo afirmou que a crença era tão comum que cerca de 70% dos radiologistas e cardiologistas entrevistados afirmaram perguntar regularmente aos pacientes se eles haviam tido alergias a frutos do mar antes de administrar agentes de contraste para procedimentos, e 40% disseram que não os administrariam a pacientes que respondessem positivamente.

Na realidade, o risco geral de uma reação adversa a agentes de contraste varia de 0,2 a 17% (dependendo de diversos fatores), as reações graves sendo extremamente raras. Porém, estudos mostram que uma alergia de qualquer tipo, seja uma asma ou uma alergia a moluscos ou outro alimento, eleva o risco pela mesma quantidade. No fim, não mais do que 15% dos pacientes com alergia a frutos do mar sofreram reações.

Fonte: Folha Online e The New York Times

Técnica cirúrgica para tratamento do Diabetes é considerada experimental, define CFM

O Conselho Federal de Medicina (CFM) aprovou em sessão plenária, parecer que define que o tratamento do diabetes mellitus e da síndrome metabólica por meio da técnica cirúrgica de interposição ileal seja considerada ainda experimental. O CFM sugeriu ainda que seja criada uma Câmara Técnica dentro da instituição para emitir proposta de Resolução específica sobre o assunto. A decisão é uma resposta a um pedido de informações encaminhado pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS).

O CFM também realizou uma ampla pesquisa sobre as cirurgias para a obesidade mórbida e suas indicações. O levantamento identificou os procedimentos considerados aceitos do ponto de vista clínico e científico e avaliou a legislação sobre pesquisa em seres humanos e as orientações dos Conselhos de Medicina a respeito. A Resoluções 196/96, do CNS, e 1499/98, do CFM, vedam o uso de práticas terapêuticas não reconhecidas pela comunidade científica e determinam que esse reconhecimento será feito pelo Conselho Federal de Medicina para que sua prática seja oficializada no país.

Fonte: Jornal do CREMESP

Osirix - uma estação de trabalho (workstation) portátil ao alcance dos clínicos e cirurgiões

O advento da tomografia computadorizada multislice e dos aparelhos modernos de ressonância magnética tem propiciado exames cada vez mais detalhados. A cada exame é gerado um grande número de imagens e dependendo do tipo de estudo podem ultrapassar 1.000 imagens. As reconstruções multiplanares e em 3D tornaram a visualização das imagens ainda mais fácil. A partir dos cortes originais, podem ser feitas reconstruções em diversos planos, facilitando a visualização das doenças. Este processamento de imagens geralmente requer computadores e programas de alto custo que costumam ser adquiridos pelos centros de diagnóstico em conjunto com o próprio equipamento de TC ou RM.

Geralmente, os médicos solicitantes têm acesso somente aos cortes e reconstruções selecionados pelo radiologista, que congela imagens que considera mais interessantes e as apresentada em filme impresso ou as grava em mídia digital. Nesse último caso, a mídia traz as imagens e um dos diversos programas disponíveis para sua visualização, todos estes com recursos limitados. A partir de 2004, passou a ser disponibilizado na Internet o Osirix (http://www.osirix-viewer.com ), um programa de computador gratuito, que tem como público-alvo tanto centros radiológicos quanto usuários não-radiologistas, podendo ser executado em computadores pessoais. O software foi desenvolvido para visualização de imagens DICOM produzidas por equipamentos médicos (Tomografia, Ressonância, PET, PET-CT, etc), além de permitir reconstruções multiplanares (MPR), Surface Rendering, Volume Rendering (VR) e Maximum Intensity Projection (MIP), etc. Tambem lê muitos outros formatos: TIFF (8,16, 32 bits), JPEG, PDF, AVI, MPEG e QuickTime. O OsiriX é um programa freeware (grátis), que transforma seu computador pessoal da Apple Macintosh em uma estação de trabalho PACS/DICOM. O programa é distribuído gratuitamente e os direitos autorais são da coletividade. O uso de imagens tridimensionais pelos clínicos e cirurgiões propicia diagnósticos mais acurados, auxiliando no planejamento terapêutico. O uso do programa Osirix é de fácil aplicação e pode ser de grande valia para médicos clínicos e cirurgiões que não possuem acesso as estações de trabalho dos centros de diagnóstico por imagem.

Fonte: Imaginologia.com.br

Primeiros tomógrafos multislice de 320 cortes chegam ao Brasil

Os primeiros equipamentos de tomografia computadorizada multislice de 320 canais já chegaram ao Brasil. A mais avançada tecnologia em TC é capaz de realizar estudos dinâmicos e oferece aos pacientes um exame muito mais rápido. Os 320 detectores de alta resolução, com 0.5 mm de espessura cada, permitem o estudo completo do órgão em apenas uma rotação do tubo. O equipamento de última geração, que reduz o tempo do exame e demanda menos radiação, já é utilizado em alguns dos principais hospitais do mundo. Os benefícios dessa tecnologia não se restringem ao coração, mas, se estendem também para o diagnóstico de outros órgãos. É possível obter informação funcionais e perfusionais do órgão em questão. Existem uma série de pesquisas clínicas sendo conduzidas e em breve, esses resultados serão publicados e poderão ter um grande impacto na comunidade médica.

Fonte: Imaginologia e Jornal ID

Se não há sintomas de doença cardíaca, é melhor não fazer exames de imagem do coração, diz comitê da Mayo Clinic

Nos níveis em que a dose de radiação é aplicada nos exames de imagem do coração, tais como uma tomografia computadorizada (TC) cardíaca ou um exame da medicina nuclear, o risco potencial de efeitos danosos da radiação ionizante é pequeno. No entanto, o nível exato de risco não é conhecido e, por isso, as pessoas sem sintomas de doença cardíaca devem pensar duas vezes antes de realizar ou concordar com esses tipos de exames cardíacos. Essa é a conclusão de um comitê médico consultivo, constituído pelo Conselho de Cardiologia Clínica e pelo Conselho de Radiologia e Intervenção Cardiovascular da Associação Americana do Coração.

O comitê médico afirma que a realização de exames cardíacos em que a radiação ionizante é usada é, em todos os casos, uma opção que deve ser feita com muita prudência e não é recomendada para pessoas sem dores no peito ou que apresentem sintomas de baixo risco para doença do coração. Essa é uma questão importante para a cardiologia, porque a tomografia computadorizada do coração se tornou muito popular e o seu marketing direto para o público vem sendo largamente realizado, acrescenta o cardiologista. Esses exames podem revelar se as artérias coronárias de uma pessoa têm placas ou não. Mas, apesar desses dispositivos produzirem "imagens muito bonitas", não há comprovação de que a detecção precoce das placas irá ajudar os médicos a tomarem decisões que irão ajudar seus pacientes a viverem mais tempo", afirma Thomas Gerber.

Em 2006, as tomografias computadorizadas do coração representaram apenas 1,5% de todas as TCs feitas na população dos Estados Unidos. "A expectativa é de que a quantidade de exposição à radiação, atribuível a imagens de TCs do coração, irá aumentar rapidamente, conforme a tecnologia melhora e se torna mais disponível", diz o médico. "Entretanto, os benefícios de realizar esses exames em pacientes sem sintomas ainda não estão claros; e os pacientes devem saber disso". Por outro lado, os autores desse estudo dizem que exames de imagem apropriados, destinados a diagnósticos, tais como a TC cardíaca, a fluoroscopia e os exames da medicina nuclear, não devem ser evitados no caso de pacientes que apresentam os sintomas de doença cardíaca, somente por causa de preocupações relacionadas à dose de radiação. "Se uma pessoa apresenta os sintomas, o benefício do uso desses testes para a prescrição de um tratamento é maior que os possíveis riscos", afirma o cardiologista.

Para colocar a questão em perspectiva, dizem os integrantes do comitê médico, o risco de uma pessoa morrer de câncer, associado à radiação ionizante de um TC cardíaco, é menor que o risco de ela se afogar ou de um pedestre morrer atropelado por qualquer meio de transporte. O ponto principal é que os médicos precisam orientar bem os pacientes, para determinarem se um exame do coração por imagem é a providência mais apropriada em cada caso", diz o cardiologista. Os médicos precisam entender e ter a capacidade de pesar cuidadosamente os riscos desses exames no caso de cada paciente.

Fonte: Mayo Clinic News

Distribuição de médicos no Brasil : rumo ao interior

No ano de 2007 havia um médico para cada 1,5 mil habitantes no Estado do Maranhão, enquanto essa proporção era de um para 275 no Rio de Janeiro e de um para cerca de 400 habitantes em São Paulo. A distribuição desigual dos médicos pelo Brasil é consequência de outro problema: a concentração dos serviços de saúde e das escolas médicas em regiões economicamente mais favorecidas. Das cerca de 120 faculdades de medicina existentes no Brasil no mesmo ano, 67% estavam na região Sul e Sudeste, sendo que, dessas, 75% se localizavam nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro.

"Atualmente, mais de 400 municípios no Brasil não contam com um único médico disponível à população. Isso leva o país a um grande constrangimento, à medida que a saúde é um princípio constitucional e um direito universal", disse Romulo Maciel Filho, pesquisador do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães da Fundação Oswaldo Cruz. Esses municípios estão concentrados fundamentalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste", apontou o autor do livro Rumo ao interior: médicos, saúde da família e mercado de trabalho, do Departamento de Saúde Coletiva do CPqAM/Fiocruz.
O livro faz uma ampla análise sobre a distribuição geográfica de médicos e outros profissionais da saúde no Brasil, de modo a fornecer subsídios para o enfrentamento do problema.

O primeiro capítulo da obra discute o atual cenário da distribuição dos médicos no Brasil, abordando encontros e desencontros entre o mercado de trabalho e a oferta desses profissionais nas diversas regiões do país, enquanto o segundo mostra como o país, desde a década de 1960, vem lidando com a má distribuição de médicos a partir de intervenções do governo para a fixação de médicos em regiões menos favorecidas.

São analisados quatro programas de estímulo à transferência de profissionais dos grandes centros urbanos, especialmente das regiões Sul e Sudeste, para o interior do país: o Projeto Rondon, o Programa de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento, o Programa de Interiorização do SUS e o Programa de Interiorização do Trabalho em Saúde (Pits). O programa registrou altos índices de rejeição dos médicos em ir para as regiões mais longínquas. Existem municípios no Norte do país que oferecem quase R$ 20 mil por mês a um médico e mesmo assim é difícil achar profissionais disponíveis.

Fonte: Ministério da Saúde e Agência FAPESP


Marcapasso compatível com exames de ressonância magnética

Uma nova geração de marcapassos recém-lançada na Europa foi projetada, testada e aprovada para que a sua utilização seja possível durante o exame de ressonância magnética. O primeiro implante em Portugal foi realizado no início desse mês, no Hospital de Santa Maria da Feira, numa paciente de 74 anos com diagnóstico de miocardiopatia hipertrófica e disfunção do nódulo sinusal. Esta será a primeira portadora de pacemaker, que poderá ser submetida a ressonância magnética, em Portugal”. Aproximadamente dois milhões de europeus são portadores de marcapassos e estima-se que, em Portugal, sejam implantados sete mil por ano.O hospital realizou a primeira cirurgia em Portugal, para a colocação de um pacemaker compatível com a ressonância magnética.

O cardiologista responsável pelo implante refere ainda que " os pacientes portadores desses aparelhos - pacemakers e cardioversores convencionais – geralmente não podem se submeter a ressonâncias magnéticas, devido ao risco da ocorrência de arritmias e eventual danificação do próprio aparelho".

Fonte: Portal da Saúde

Novo aparelho de angiografia digital com imagens em 3D

O equipamento, desenvolvido pela robótica automotiva, possui um sistema multieixos capaz de projeções nunca antes imaginadas com um sistema convencional de arco em C, utilizado até hoje como base para todas as máquinas existentes no mercado. Além de seu conceito inovador, o aparelho é o único capaz de adquirir imagens tomográficas por meio de um exclusivo sistema de varredura rotacional em 2 eixos. O aumento da sinergia entre os diversos profissionais como cardiologistas, radiologistas e cirurgiões vasculares requer um equipamento multidisciplinar. Durante uma rotação de 5 segundos, o equipamento angiográfico é posicionado e obtém imagens que são transferidas para a estação de trabalho. Em menos de 2 minutos, a reconstrução do volume (3D) está pronta para ser usada e exibida no monitor. Esse método usa princípios do tradicional, mas tem riqueza de detalhes que podem ser determinantes para a escolha do tratamento. Assim, o radiologista pode percorrer, estudar e determinar com exatidão as medidas de aneurismas do cérebro e da aorta, além das obstruções carotídeas, renais ou ilíacas, podendo, o tratamento, ser definido diante do monitor.

Fonte: Hospitalar

PACS: mudança na rotina dos médicos

A implantação de um sistema PACS nos serviços de Imaginologia provoca profundas modificações no fluxo de trabalho dos médicos radiologistas e na relação do setor com os médicos solicitantes de exames. A sigla PACS significa Picture Archiving and Communication System (Sistema de Arquivamento e Comunicação de Imagens) e constitui um sistema computacional utilizado para capturar, armazenar, distribuir e exibir imagens médicas. O PACS é um sistema de arquivamento e comunicação voltado para o diagnóstico por imagem que permite o pronto acesso, em qualquer setor do hospital ou clínica, de imagens médicas em formato digital, sendo caracterizado por quatro subsistemas: aquisição, exibição, disponibilização e armazenamento de imagens. A evolução que ocorreu na nossa especialidade, além dos novos métodos e equipamentos, também ocorreu no modo de apresentação dos exames. Os exames, atualmente, podem ser impressos não só nos já conhecidos filmes radiológicos como também em papel fotográfico, CD, DVD e pendrive. A Radiologia sem filmes redesenha a atividade médica na área da Imagem. Essas novas tecnologias oportunizam aos serviços de Radiologia a possibilidade concreta de acabar com o filme radiológico e a sua complexidade residual e de processamento com utilização de produtos químicos. Apesar da grande expectativa de uma conversão em larga escala para a radiologia sem filme, o número de serviços ao redor do mundo com essa realidade ainda é bastante reduzido.

No manejo de informação dentro do hospital por meio de uma rede de computadores, surgiu inicialmente o conceito de RIS - Radiology Information System (Sistema de Informação Radiológica) e que demonstrou que é possível utilizar sistemas computadorizados para melhorar o gerenciamento dos pacientes, geração e distribuição de laudos, as facilidades de utilização dos recursos disponíveis, a localização dos filmes, e as rotinas de funcionamento do setor, etc. Como o RIS faz tudo, menos trabalhar com as próprias imagens, este conceito foi ampliado para incluir o que chamamos de PACS. Freqüentemente eles são integrados ao HIS - Hospital Information System (Sistema de Informação Hospitalar).

Fonte: Jornal Interação Diagnóstica e Imaginologia.com.br


Alerta: divulgação de “melhores médicos” fere a ética médica e caracteriza publicidade indevida

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP), mais uma vez, vem a público manifestar sua preocupação quanto às publicações, encartes, cadernos especiais de jornais, revistas, catálogos, anuários, premiações e similares que fazem divulgar relações, listas ou rankings de “melhores médicos”, “médicos mais admirados”, “médicos do ano” etc.
Com fins comerciais, tais publicações ferem a ética médica ao promoverem determinados médicos em detrimento de outros colegas, podendo caracterizar, ainda que indiretamente, publicidade indevida, concorrência desleal e angariação privilegiada de clientela.
No Estado de São Paulo atuam cerca de 100 mil médicos, o que torna impossível eleger e diferenciar, por meio de critérios objetivos e justos, a excelência dos inúmeros profissionais, da Capital e do Interior, que se destacam em 53 especialidades médicas e 54 áreas de atuação oficialmente reconhecidas.
As diversas possibilidades de vínculos (públicos e privados) e de inserção profissional (clínica, assistência, ensino, pesquisa, gestão, dentre outras) também impedem comparações generalizadas.
Considerando as reclamações de médicos que chegam ao Cremesp, solicitamos aos colegas que não aceitem a veiculação de seus nomes e informações pessoais nesse tipo de publicação e que comuniquem ao Conselho sempre que ocorrer a divulgação sem a devida permissão do profissional.
Recomendamos a atenção dos diretores clínicos e responsáveis técnicos de hospitais, laboratórios e outras empresas da área da saúde, que geralmente constam como anunciantes e patrocinadoras das referidas publicações. Por fim, ressaltamos que o Cremesp divulga na internet, após cadastramento e autorização dos médicos, fotografia, dados pessoais e profissionais que ficam à disposição para a consulta da população.

Fonte: CREMESP


Médicos são multados por letra ilegível

Clínicos gerais foram punidos no estado do Paraná depois de prescreverem remédios de tarja preta com caligrafia indecifrável. A Vigilância Sanitária de Londrina (PR) multou três médicos por prescreverem medicamentos e tratamentos em receitas com letras ilegíveis. Cada médico foi autuado em R$ 2.000. Todos têm 15 dias para apresentar defesa, por escrito, à Vigilância Sanitária. O diretor do órgão na cidade, Rogério Lampe, afirma que as autuações ocorreram após denúncias de farmacêuticos, pacientes e do serviço municipal de saúde.
Foram recolhidas 30 receitas com letras ilegíveis dos médicos, todos clínicos gerais. Nenhum dos três profissionais teve o nome divulgado. “Um farmacêutico nos disse que poderiam estar vendendo medicamentos com dosagem diferente”, afirma Lampe. “Por todas as receitas serem referentes a medicamentos controlados, aqueles de tarja preta, dependendo da dose o paciente pode até morrer”.
As multas foram baseadas em artigo de portaria da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que determina que “notificação de receita deverá estar preenchida de forma legível”. Um dos médicos, que só atende pacientes na rede pública, afirmou, em justificativa informal à Vigilância Sanitária, que a letra dele pode ser ilegível “porque paciente do SUS não sabe ler”.
O diretor da Vigilância Sanitária afirma que, pelo “ato preconceituoso” e “antiético” do médico, vai levar o caso ao CRM (Conselho Regional de Medicina). Os outros dois médicos, que atendem pacientes da rede pública e privada, segundo Lampe, disseram que entenderam a autuação e que vão melhorar a letra nas prescrições e atender novamente os pacientes prejudicados. Dependendo da defesa de cada médico, a multa pode aumentar ou diminuir, assim como ser extinta. Se houver reincidência, a multa pode dobrar, e os casos, serem encaminhados ao Ministério Público. O CRM diz que vai decidir se abre sindicância. “No bom exercício da medicina está preconizada a letra legível do médico. A letra ilegível pode pôr em risco o atendimento dos pacientes”, afirmou Donizetti Berardino Filho, conselheiro do CRM.

Fonte: Folha de S.Paulo


10 de Junho - Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas

O 10 de Junho nasceu com a República quando Lisboa escolheu para feriado municipal o 10 de Junho, em honra de Camões. Camões representava o génio da pátria, representava Portugal na sua dimensão mais esplendorosa e mais genial e era este o significado que os republicanos atribuíam ao 10 de Junho.

10 de Junho, dia de Camões, começou a ser festejado a nível nacional com o Estado Novo, um regime instituído em Portugal em 1933, sob a direcção de António de Oliveira Salazar.

Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas é pois um tributo à data do falecimento de Luís Vaz de Camões em 1580, é utilizada para relembrar os feitos passados do povo lusitano E também os milhões de Portugueses que vivem fora do seu país natal. Luís Vaz de Camões representa o génio da Pátria, representa Portugal na sua dimensão mais resplandecente e mais sublime. O feriado em sua honra celebra-se neste dia, data provável do falecimento daquele que é considerado o maior poeta de língua portuguesa e dos maiores da Humanidade, autor de “Os Lusíadas“. Dia das Comunidades porque neste dia se homenageiam cinco milhões de portugueses espalhados pelo Mundo.

Fonte: Mundo Lusíada


Novos tomógrafos multislice de 256 e 320 cortes

Fabricantes de tomografia computadorizada anunciaram recentemente o lançamento dos tomógrafos de 256 e 320 cortes. Até então, a TC 64 cortes era considerada o estado da arte em tomografia computadorizada. A TC de multidetectores com 64 canais vem demonstrando ser um método eficaz, seguro e bastante rápido, sendo útil principalmente nos serviços de emergência, avaliação vascular (Angio-TC) e na avaliação da doença coronariana, já que tem um alto valor preditivo negativo neste último.

A TC 320 é capaz de escanear 16 centímetros do corpo em 1 segundo ou menos, com resolução de 0.5 mm, o que é suficiente para avaliar a maioria dos órgãos do corpo humano em apenas uma rotação do tubo. É quase 5 vezes a capacidade da TC 64.

O equipamento custa mais de 1 milhão de dólares e já está disponível para uso clínico, tendo sido inclusive testado no Hospital Johns Hopkins e aprovado pelo FDA (U.S. Food and Drug Administration). O fabricante alega que o aparelho usa 80% a menos de radiação e que é factível a redução da dose de contraste iodado.

Fonte: www.imaginologia.com.br

TC multislice do corpo inteiro para check-ups anuais expõem desnecessariamente os pacientes à radiação.

O mesmo exame que usa radiação para detectar sinais de câncer e outras doenças pode aumentar o risco de câncer, segundo a pesquisa da Columbia University (New York,NY), publicado no periódico Radiology. Os cientistas David Brenner e Carl Elliston pedem para que as pessoas saudáveis não se submetam ao exame de corpo inteiro como parte de seus check-ups rotineiros. Mas os médicos afirmam que para quem tem sintomas ou alguma doença, os benefícios da tomografia computadorizada compensam de longe os riscos de exposição à radiação.

Nos Estados Unidos, e em menor escala no Reino Unido, muitas pessoas saudáveis e sem nenhum sintoma se submetem ao exame - algumas vezes anualmente - como prevenção. O estudo estimou os riscos de repetidas tomografias usando dados sobre as vítimas de radiação depois do lançamento de bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, em 1945. A dose de radiação estimada no estômago e nos pulmões em uma tomografia de corpo inteiro é próxima à recebida por alguns dos sobreviventes dos bombardeios, que foram expostos à radiação mínima durante as explosões atômicas. Sabe-se que, por causa da radiação, esses sobreviventes sofrem maior risco de câncer, o que, para os cientistas, provavelmente sugere que um risco semelhante advém das tomografias de corpo inteiro. Eles estimam que se uma pessoa de 45 anos fizer uma tomografia, o risco de desenvolver câncer é muito baixo, entretanto, se a mesma pessoa passar pelo exame todos os anos, durante 30 anos, este risco aumenta bastante.

Fonte: www.imaginologia.com.br

PET/RM: próxima evolução no Diagnóstico por Imagem

Equipamentos que combinem a capacidade da tomografia de emissão de pósitrons (PET) e a ressonância magnética estão sendo desenvolvidos. O PET avalia os aspectos metabólicos da doença enquanto a RM fornece informação anatômica de alta resolução de contraste. É uma evolução do PET/CT, já utilizado na prática clínica, entretanto, existem ainda dificuldades técnicas para a fabricação de um equipamento híbrido PET/RM para uso clínico.
O PET/RM tem sido utilizado em pesquisas para avaliação dos tumores cerebrais (diagnóstico e resposta ao tratamento), na detecção de focos epileptogênicos em crianças, acompanhamento de epilepsia intratável e como guia pré-operatório, permitindo um excisão mais precisa da lesão. O custo de aparelho deve ser ainda maior que o PET/CT (cerca de 2 milhões de dólares). Para seu uso na prática clínica, ainda são necessários estudos clínicos controlados e uma avaliação do custo-benefíco desta nova tecnologia.

Fonte: www.imaginologia.com.br

Acordo ortográfico da língua portuguesa - o que muda com a
unificação ortográfica entre países lusófonos

Representantes dos oito países que falam português (Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Timor Leste) decidiram, em 1990, que unificariam as regras do idioma, com o intuito de simplificar a comunicação entre os lusófonos. No ano passado, o Ministério da Educação iniciou as mudanças nos livros didáticos e pretende que elas sejam plenamente implementadas em 2009. Para que as regras fossem realmente unificadas, era preciso que os países ratificassem as mudanças. O Congresso Nacional brasileiro, por exemplo, fez isso em 2007. A maior resistências à reforma vinha exatamente de Portugal - país onde as mudanças deverão ser mais profundas e de maior impacto para a população. As tentativas de unificação ortográfica dos países lusófonos são antigas. No Brasil, já houve duas reformas ortográficas (uma em 1943 e outra em 1971). Em Portugal, a última reforma aconteceu em 1945. Mesmo assim, há várias diferenças entre Brasil e Portugal.
As principais mudanças nas regras:
O fim do trema: o acento seria totalmente eliminado. A palavra 'freqüente' passa a ser escrita 'frequente'.
Eliminação de acentos em ditongos: acaba o acento nos ditongos 'ei' paroxítonos. Dessa maneira, 'idéia' vira 'ideia'.
Acento circunflexo: quando dois 'os' ficam juntos também some. Logo, 'vôo' vira 'voo'.
Cai o acento diferencial: o acento que diferenciava palavras homônimas de significados diferentes acaba. Conseqüentemente, 'pára' do verbo parar vai ficar apenas 'para'.
Hífens: sai a maioria dos hífens em palavras compostas. Assim, pára-quedas vira paraquedas. Será mantido o hífen em palavras compostas cuja segunda palavra começa com h, como pré-história. Em substantivos compostos cuja última letra da primeira palavra e a primeira letra da palavra são as mesmas, será feita a introdução do hífen. Assim microondas vira micro-ondas.
Inclusão de letras: as letras antes suprimidas do alfabeto português (k, y e w) voltam, mas só valem para manter as grafias de palavras estrangeiras.
Fim das letras mudas: Em Portugal, é comum a grafia de letras que não são pronunciadas como 'facto' para falar 'fato'. Elas sumirão.
Dupla acentuação: foi mantida a diferença de acentuação entre o português brasileiros e o lusitano. É comum quando se fala do acento circunflexo e agudo: assim, nós escrevemos 'econômico' e eles, 'económico'.

Fonte: Jornal - O Estado de São Paulo

Médicos que solicitam exames de ressonância magnética devem estar atentos para o risco de fibrose sistêmica nefrogênica em pacientes renais crônicos

A Fibrose Sistêmica Nefrogênica (FSN) é uma doença nova, rara e que pode evoluir com fibrose extensa, grave e debilitante, envolvendo vários órgãos de pacientes com insuficiência renal crônica terminal ou em diálise.Tem sido sugerida a relação com os meios de contrastes à base de gadolínio, embora outros co-fatores possam estar envolvidos. Por não existir ainda tratamento específico, a melhor alternativa é evitar a utilização de contraste (quelatos de gadolínio) em pacientes com RFG menor que 30mL/min/1,73m2.

Embora a causa da FSN ainda seja desconhecida, recentes notificações relacionam a FSN com os contrastes à base de gadolínio, especialmente gadodiamida (em cerca de 90% dos casos), mas, também, gadoversetamida e gadopentato de dimeglumina. Em todos os casos, a insuficiência renal crônica estava presente, sendo que 90% estavam em hemodiálise ou diálise peritoneal. Nenhum caso foi relatado em pacientes com função renal normal.

Quando o uso do gadolínio for contra-indicado em pacientes com insuficiência renal crônica terminal e outros exames não invasivos forem insuficientes, provavelmente o uso de contrastes contendo iodo parece
ser a única alternativa viável (exceto em pacientes alérgicos). Apesar de seus riscos, causam distúrbios geralmente reversíveis, contrariamente à FSN desenvolvida pelos contrastes contendo quelatos de gadolínio.

A Fibrose Sistêmica Nefrogênica (FSN) é uma rara doença fibrótica sistêmica e grave, geralmente progressiva, debilitante e potencialmente fatal que afeta a derme, fáscia subcutânea e músculos estriados. Pode também causar fibrose em pulmões, miocárdio e fígado, ocorrendo em pacientes com insuficiência renal crônica grave ou em tratamento dialítico, apesar de também poder ocorrer em casos de insuficiência renal aguda, particularmente com síndrome hepatorenal. Quanto mais grave o envolvimento sistêmico, pior será a evolução. Foi descrita inicialmente em 1997, em uma unidade de transplante renal na Califórnia, pelo Dr. Shawn Cowper, e denominada “Dermopatia Fibrosante Nefrogênica” por apresentar lesões semelhantes ao escleromixedema e de etiologia desconhecida. Posteriormente, foi modificada para “Fibrose Sistêmica Nefrogênica” após surgimento de casos com envolvimento sistêmico.

Até o momento, não existe tratamento específico conhecido para impedir ou retardar o surgimento das lesões fibróticas. Estas podem algumas vezes se estabilizar e raramente entrar em remissão espontânea.

Fonte: www.imaginologia.com.br

Primeira fábrica de aparelhos de ressonância magnética da América Latina

Philips, maior fabricante de televisores da Europa, inaugurou a primeira fábrica de aparelhos de ressonância magnética da América Latina. Nenhum dos três grandes fabricantes globais de equipamentos médicos de alta tecnologia - Philips, GE e Siemens - pensou até hoje em produzir esses aparelhos no Brasil, bem como em qualquer país da América Latina, devido ao pequeno de volume de vendas na região. A multinacional holandesa começará a produzir equipamentos de ressonância magnética em Minas Gerais, na unidade da VMI. Essa será a primeira fábrica do gênero da Philips fora da Europa.

A unidade de produção foi construída dentro das instalações da VMI Sistemas Médicos, tradicional fabricante de equipamentos de diagnósticos por imagem adquirida em 2007 e localizada em Lagoa Santa, região metropolitana de Belo Horizonte (MG) e a fábrica atenderá não apenas a demanda do Brasil, mas de toda a América Latina. No Brasil, serão fabricados três modelos de equipamentos de ressonância magnética: Intera 1,5T e Achieva 1,5T e 3,0T. Além de aparelhos de ressonância magnética, a fábrica também produzirá aparelhos de tomografia computadorizada. Já o primeiro modelo de tomografia computadorizada a ser fabricado no País é o Brilliance CT 6-slice. No início, 70% dos componentes serão importados. Mas a intenção é aumentar o índice de nacionalização para 60% do produto acabado em um ano e meio. Para isso, a empresa está identificando e capacitando fabricantes locais que possam fornecer peças com a mesma qualidade hoje empregada. Com a produção local, o prazo de entrega dos produtos cairá de oito meses para 30 dias. Também haverá redução de cerca de 15% no preço final do equipamento de ressonância magnética por conta da isenção de impostos e da diminuição de outros custos de produção.

A área médica foi eleita pela multinacional holandesa como uma das suas grandes prioridades no mundo. Dentro do novo posicionamento estratégico desenhado pela matriz em 2006, os países emergentes passaram a ter uma importância muito maior, o que explica a decisão de investir em fábricas de equipamentos médicos de alta tecnologia no Brasil.

Fonte: Valor Econômico

PET/CT : um aliado para o diagnóstico do câncer

Durante muito tempo, uma das limitações dos cuidados oncológicos era a dificuldade de detecção precoce e de avaliação do andamento da terapia. No entanto, com a chegada do exame de tomografia por emissão de pósitrons (PET), uma técnica de imagem molecular, o médico já pode ter acesso a um diagnóstico precoce e avaliação precisa da resposta de um tumor à terapia, permitindo que faça melhor adequação do tratamento para o paciente.

O PET é uma técnica não-invasiva que consiste na injeção de uma substância radioativa (fluordesoxiglicose-FDG) e posteriormente na obtenção das imagens de corpo inteiro de sua distribuição e atividade biológica. Além de promover uma melhor definição do tipo de tratamento o exame permite também uma visualização mais precisa do tumor (benigno ou maligno) e ajuda a preservar os tecidos saudáveis, sendo considerado um método de avaliação metabólica. Ele detecta tumores a partir de 0,5 cm, que podem não ser vistos em outros exames, que só mostram o tumor quando já apresenta dimensões maiores e portanto mais risco para o paciente.

A imagem molecular é uma tecnologia que usa equipamentos e sistemas de diagnóstico sofisticados para visualizar doenças em nível celular e molecular, combinando suas propriedades químicas e biológicas. Isso permite que os médicos enxerguem dentro de corpos vivos com o objetivo de identificar, tratar e monitorar doenças, seus progressos ou condições médicas em nível molecular. Para ter pleno aproveitamento da técnica, os equipamentos de PET mais recentes são fabricados em associação com um tomógrafo computadorizado. Isso permite que se localizem com grande precocidade e com alta precisão as pequenas lesões tumorais.

O PET é capaz de detectar sinais metabólicos no corpo enquanto a tomografia proporciona uma imagem detalhada da anatomia interna, revelando a localização, tamanho e forma da atividade celular. Cada imagem do teste é eficaz para uma ampla variedade de aplicações. Mas quando os resultados da PET e CT (tomografia computadorizada) são sobrepostos, a imagem combinada fornece informações completas sobre a localização do câncer e seu metabolismo.

Fonte: UOL Notícias

Conselho Federal de Medicina revê o Código de Ética Médica Brasileiro

Criado em 1928, o Código de Ética Médica é composto por 145 artigos e apresenta os preceitos reguladores da profissão médica. O Código foi definido por meio da Resolução 1.246/88 e rege os princípios éticos que devem ser seguidos pelos médicos. Entre os anos de 1927 e 1957 foram promulgados três códigos de ética (1931/1945/1957) que traduziam a lenta e profunda transformação por que passou a organização do mercado de trabalho, a relação médico-paciente e a prática profissional de maneira mais ampla.

O objetivo é rever o atual Código de Ética, criado em 1988, e que na opinião de especialistas já não contempla as necessidades da medicina atual. A Comissão promoverá amplo e participativo debate com toda a classe médica visando reformular os preceitos éticos, técnicos e morais da medicina. A revisão do Código de Ética Médica vai se basear em diversos preceitos, opiniões e condutas como ética pessoal, moral, Constituição Nacional, Legislação vigente, recomendações nacionais e internacionais, princípios fundamentais e conceito de dignidade humana.

Fonte: Jornal da AMB

Brasil tem mais cursos de medicina que EUA e China

O vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto Luiz Dávila, destacou os "excessos" na abertura de cursos de medicina no Brasil na última década. Segundo ele, nesse período o número de cursos aumentou de 80 para 169. Dávila ressaltou que países maiores, como Estados Unidos e China, têm menos escolas que o Brasil - nos EUA há 125 faculdades desse tipo e, na China, 150.

O representante do CFM participou de audiência pública promovida hoje pela Comissão de Educação e Cultura, que analisa Projeto de Lei 65/03, do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). O texto proíbe a criação de novos cursos de Medicina e a ampliação de vagas nos cursos existentes, nos dez anos seguintes à aprovação da proposta. O autor cita a necessidade de proteger a população brasileira de médicos formados em instituições de má qualidade, que seriam resultado da proliferação dos cursos de medicina.

Dávila concorda com a proposta e declarou que as faculdades brasileiras fizeram da saúde um comércio. "Nós já sabemos que a formação será deficiente, porque não tem biblioteca, não tem hospital de ensino, não tem os requisitos mínimos - sem falarmos na formação ética e humanística desses alunos", criticou.

Requisitos para cursos
O substitutivo do relator, deputado Átila Lira (PSB-PI), modificou a proposta original de Chinaglia para permitir a abertura de novos cursos, desde que cumpram uma série de requisitos. Entre eles, está a necessidade de que um quinto do corpo docente trabalhe em regime de tempo integral, e um terço tenha titulação de mestrado ou doutorado.

Além disso, o curso a ser aberto precisará observar a relação de habitantes por número de profissionais do município em que serão ministradas as aulas e a existência de hospital de ensino público ou privado, próprio ou conveniado, para os cursos. O substitutivo estende as exigências a todos os cursos na área de Saúde.

Médicos no interior
Um dos objetivos da observância da relação médico por habitante é levar profissionais para o interior do País, fazendo com que novos cursos sejam abertos em municípios menores, no lugar das capitais, que já possuem grande número de profissionais da saúde.

Fonte: Agência Câmara

Minas Gerais inicia produção de FDG para exames de medicina nuclear
O Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN/CNEN) inaugurou em Belo Horizonte (MG), sua Unidade de Pesquisa e Produção de Radiofármacos (UPPR) para medicina nuclear. A produção, antes restrita ao Rio de Janeiro e São Paulo, fornecerá matéria-prima para a realização, em Minas Gerais, de exames para diagnóstico precoce de vários tipos de câncer e outras doenças.

Resultado do investimento de R$ 13,2 milhões, oriundos de emenda ao orçamento da União proposta pela bancada federal mineira, a unidade introduz o que há de mais moderno na tecnologia cíclotron, acelerador de partículas da nova unidade.

Inicialmente, será produzido o Fluorodeoxiglicose (FDG), radiofármaco mais utilizado pela Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET), respondendo por mais de 95% da demanda mundial dessa técnica. As imagens obtidas pela câmara PET, acoplada a um tomógrafo, podem detectar lesões pequenas (5 a 10 mm) para alguns tipos de câncer, além de aplicações na cardiologia e neurologia.

Todo o processo de produção de radiofármacos obedece às normas de boas práticas de fabricação de medicamentos. Os técnicos do CDTN que irão operar a UPPR foram treinados em instalações similares, no Brasil e no exterior, e estão capacitados para iniciar a produção regular .

Além da UPPR, o CDTN está investindo em laboratórios de pesquisa em radiobiologia e em física médica, um projeto integrado à produção local de radiofármacos que permitirá o desenvolvimento de outros radiofármacos e suas aplicações.

Fonte: CDTN

Criado o Dia Nacional da Mamografia – 5 de fevereiro

A mamografia é o método mais eficaz para a detecção do câncer de mama, que deverá vitimar cerca de 49 mil mulheres este ano, segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca). No Brasil, o acesso ao exame ainda é segmentado. A relatora espera que a aprovação do projeto mobilize a sociedade para garantir o acesso de todas as mulheres acima de 40 anos ao exame periódico.

De acordo com o Inca, a mamografia periódica permite uma redução de cerca de 30% na mortalidade por câncer de mama em mulheres de 50 a 69 anos. A comemoração cai na mesma data em que os católicos festejam Santa Ágata, protetora contra as doenças mamárias e padroeira dos mastologistas.
Segundo dados do Inca, há uma redução de cerca de 30% na mortalidade por câncer de mama em mulheres, na faixa etária de 50 a 69 anos, quando elas fazem parte de um programa de rastreamento por meio de mamografias. Isso ilustra a fundamental importância desse exame para as mulheres brasileiras. A indicação é de que ele seja realizado a cada dois anos em mulheres acima de 40 anos de idade.
Infelizmente, no País, o acesso ao exame mamográfico ainda é muito restrito, especialmente para as mulheres de baixa renda, que dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS), e para aquelas que vivem em localidades distantes dos grandes centros urbanos.
Apesar de já existirem ações louváveis na luta contra o câncer de mama, ainda é preciso maior concentração de esforços para a obtenção de melhores resultados. Por essa razão, a criação do Dia Nacional da Mamografia serviria como catalisador das discussões e contribuiria de forma significativa para a conscientização da mulher brasileira quanto à necessidade da realização sistemática do exame radiológico da mama.

Fonte: Câmara dos Deputados

Alerta à tuberculose: prevenção e diagnóstico

O Ministério da Saúde lançou a Campanha de Combate à Tuberculose, doença que atinge cerca de nove milhões de pessoas em todo o mundo e é responsável pela morte de 1,6 milhão todos os anos. A ação prevê o diagnóstico precoce e o tratamento adequado da doença. Entre as metas está a redução do abandono do tratamento a menos de 5%, a detecção de 70% dos casos estimados, a cura de 85% dos casos notificados, a expansão da cobertura do tratamento supervisionado para os municípios prioritários e a oferta de teste anti-HIV para 100% dos adultos com tuberculose. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, a estimativa é que mais de 60 milhões de pessoas estejam infectadas pelo bacilo da doença. Cerca de 80 mil novos casos são registrados a cada ano.

Além da inserção terapêutica, que deve ser realizada corretamente e por no mínimo seis meses, o processo de erradicação da doença deve contar com diagnóstico breve e eficiente, que pode ser por meio da detecção do bacilo no exame do escarro - um teste rápido que pode dar o diagnóstico em alguns minutos - ou de uma radiografia de tórax, que é capaz de demonstrar lesões no pulmão.

A tuberculose é a sétima doença infecciosa em internação no Sistema Único de Saúde (SUS) e a quarta que mais mata. No mundo, a estimativa é que um terço da população esteja infectada pelo bacilo, sendo que 80% dos casos estão concentrados em 22 países em desenvolvimento.

A meta da Organização Mundial de Saúde é reduzir pela metade até 2015 o número de casos e mortes, com ações que estimulem e intensifiquem a execução de políticas nacionais de controle e tratamento da moléstia.

A transmissão da doença se dá por meio da inspiração do ar de uma pessoa infectada. Quando um portador de tuberculose tosse ou espirra, ou mesmo no próprio ato da respiração, ele dissemina no ar o bacilo, que é o responsável por infectar outras pessoas. Apesar de assustar pelos sintomas e pelo alto índice de mortes anuais, é uma doença que tem tratamento e pode ser erradicada novamente se houver o acompanhamento de autoridades e sociedade.

Outro aspecto importante é a potencial resistência do bacilo aos medicamentos que combatem a tuberculose. O fortalecimento do bacilo é responsável por cerca de 5% dos casos novos da doença, que passa a somente ser combatida com um tratamento muito mais prolongado e de alto custo.

A Tuberculose já foi considerada uma doença de países em desenvolvimento, mas com a epidemia de HIV ressurgiu com força total em nações consideradas de primeiro mundo. Estima-se que 1/3 das pessoas com HIV positivo têm, ou já tiveram, tuberculose. Juntas, essas doenças formam uma combinação letal, uma vez que as pessoas soropositivas possuem suas defesas imunológicas enfraquecidas, o que aumenta as chances de seus portadores serem infectados com o bacilo da tuberculose. Hoje, a doença é a principal causa de morte entre as pessoas HIV positivas, sendo a causa de 50% das mortes nesses pacientes, com base em dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Fonte: Planeta Médico

Recomendações para prevenção e rastreamento de doenças em idosos

Um artigo publicado na edição de 15 de julho do American Family Physician realizou uma revisão das recomendações para o rastreamento e a prevenção em cuidados primários de pacientes geriátricos.
Dra. Mary C. Spalding e Dr. Sean C. Sebesta, do Texas Tech University Health Sciences Center, El Paso, Texas, e colaboradores informaram que, em 50 anos, a população mundial acima de 60 anos aumentou de 8 para 10% e há uma expectativa para que esse crescimento chegue a 21% em 2050. Apesar de as pessoas acima de 65 anos serem raramente incluídas em pesquisas de tratamento preventivo, é importante fornecer esses serviços clínicos para essa população. Esse artigo proporciona uma revisão das causas de morte, diretas e indiretas e uma discussão de como comportamento, estado funcional, comorbidades e expectativa de vida podem indicar quem irá se beneficiar do tratamento preventivo e rastreamento geriátrico. À medida que a população envelhece, as decisões preventivas de saúde e as recomendações com relação a rastreamento tornam-se mais complexas. Em pacientes geriátricos, a mudança de comportamento pode modificar vários aspectos do risco de mortalidade.

As recomendações específicas para a prática clínica, todas com nível de evidência A, são as seguintes:

Todos os adultos devem ser estimulados a parar de fumar. Pequenas alterações nesse hábito refletem importantes melhorias na saúde; existem medicações que podem auxiliar o paciente a parar de fumar.
Todos os pacientes de risco coronariano devem fazer uso de ácido acetilsalicílico, que comprovadamente reduz os índices de mortalidade.
Todos os homens entre 65 e 75 anos de idade que já tenham tido o hábito de fumar devem fazer um rastreamento para aneurisma de aorta abdominal por ultra-sonografia.
Todas as mulheres acima de 65 anos devem manter o rastreamento através de mamografia, já que 2/3 das mortes relacionadas ao câncer de mama ocorrem nessa faixa etária.
O rastreamento do câncer colorretal deve ser iniciado aos 50 anos, porque a incidência desse tipo de câncer dobra a cada 7 anos, iniciando aos 50 anos de idade.
O rastreamento do colesterol é recomendado por diminuir as taxas de mortalidade em homens acima dos 35 anos e mulheres acima dos 45 anos que estão em risco aumentado para doença coronariana.
Os pacientes com hipertensão ou hiperlipidemia devem realizar acompanhamento para diabetes.
Os autores do artigo de revisão declaram que a maioria dos adultos idosos saudáveis gostaria que seu médico conversasse sobre expectativa de vida no contexto de testes de rastreamento de câncer. A decisão de realizar o rastreamento de doenças em pacientes idosos depende das comorbidades, do estado funcional e da expectativa de vida. Os médicos devem discutir os benefícios e malefícios potenciais do rastreamento individualmente, com cada paciente.

Fonte: Medscape

Fórum acusa carência de médicos especialistas no Brasil

O mercado de trabalho médico indica falta de especialistas e até mesmo o desaparecimento de algumas especialidades médicas. O cenário aponta que algumas especialidades sobram vagas nas residências no Brasil e outras estavam mesmo carentes. A Associação Médica Brasileira já emitiu 97.550 títulos. Segundo dados do Conselho Regional de Medicina do estado de São Paulo (Cremesp), apenas 53%, dos 92.580 médicos do estado, possuem especialização. Cinco especialidades concentram quase 50% deles: ginecologia e obstetrícia (15%), pediatria (11,7%), cirurgia geral (7,1%), clínica médica (6,8%) e cardiologia (6,5%). Embora o título de especialista não seja obrigatório para exercer a medicina, existe uma autorregulação do mercado de trabalho para estes. Em diversas áreas da medicina, o título de especialista é uma exigência dos empregadores (planos de saúde privados, prefeituras, governos estaduais, hospitais públicos e privados, e demais estabelecimentos de saúde) antes de contratar ou credenciar um profissional médico.

O Conselho Federal de Medicina está fazendo uma pesquisa sobre "O médico que o Brasil precisa". Para o conselheiro Genário Barbosa, que coordena o projeto, não há falta de médicos no país, o problema está nas condições de trabalho no interior. "Não é por falta de profissionais. O Brasil tem muitos médicos - resultado da abertura indiscriminada das escolas médicas -, mas não há mínimas condições de trabalho", disse Barbosa. Os dados apontam que o Brasil tem 17,3 médicos para 10 mil habitantes. O conselheiro enfatizou que sem um Plano de Cargos Carreiras e Salário e principalmente uma carreira de Estado não haverá interiorização por nenhum profissional da saúde. "O médico precisa de incentivos para sair da capital e se interiorizar. Hoje ele vê como um atraso de vida". O coordenador de estratégias e ações para educação em saúde do Ministério da Saúde, Sigisfredo Brenelli, reconhece que salários altos não incentivam os profissionais: "não é o salário o único problema, é a solidão, a característica das gerações, o tipo de formação do médico". É necessário uma política pública de interiorização que garanta provimento, fixação, educação permanente inclusão de pessoal técnico de suporte, qualificação de gestores locais e regionais, recursos tecnológicos de comunicação e retaguarda complementar de diagnóstico e terapia. De acordo com os médicos, sem incentivos, especialidades como angiologia, genética médica, geriatria, medicina intensiva, cancerologista pediátrica, pediatria (neonatologia), psiquiatria, medicina de família e comunidade, radiologia (intervenção), correm certo risco de extinção.

Fonte: Jornal Medicina - CFM

"Image Gently": campanha mundial para promover a redução da dose de radiação em crianças

"Image gently" é uma campanha educativa e de conscientização criada pela Aliança para Segurança Radiológica em Imagem Pediátrica (Alliance for Radiation Safety in Pediatric Imaging) que foi formada em 2007. É uma coalizão de organizações de Saúde dedicada a prover imagem segura e de alta qualidade na população pediátrica. A Academia Americana de Pediatria e a Sociedade de Radiologia Pediátrica, assim como outros mais de 24 membros dessa coalizão, representam mais que 500,000 profissionais de saúde em Radiologia, física médica e segurança em radiação. Em 2008 entidades médicas da América do Norte lançaram uma campanha alertando a comunidade radiológica sobre os efeitos da radiação sobre a saúde das crianças submetidas a exames de diagnóstico por imagem.

Essa campanha, inicialmente focada no uso da Tomografia Computadorizada (TC), foi intitulada "Image Gently". Entre as 13 associações envolvidas com a ação, as quais compõem o grupo Aliança pela Segurança na Radiação em Imagem Pediátrica, estão a Sociedade de Radiologia da América do Norte (RSNA), Sociedade de Radiologia e Academia Americana de Pediatria, entre outros.

A campanha clama ainda pra que os profissionais da área trabalhem em conjunto: os radiologistas devem envolver os físicos do serviço pra que os protocolos e técnicos para que estes adotem as mudanças favoráveis à questão em sua prática profissional.

A campanha do "Image gently" está promovendo estratégias de exame para crianças, que se encontram listadas abaixo:

. Usar imagem apenas quando há um benefício médico claro . Usar a menor quantidade de radiação para uma imagem adequada, baseada no tamanho da criança . Estudar somente a área de interesse . Evitar múltiplos exames radiológicos . Usar métodos diagnósticos alternativos (Ultrassom ou Ressonância Magnética) quando possível

Espera-se mudar o modo como as crianças são examinadas utilizando doses infantis de radiação. De acordo com a campanha, os profissionais que realizam exames de Diagnósticos por Imagem em crianças devem diminuir significativamente a quantidade de radiação utilizada em crianças, examinar somente na área indicada e quando necessário e ainda realizar o exame apenas uma vez, já que exames de multi-fases como pré e pós-contraste, raramente são úteis nesses casos.

Não há evidências conclusivas que a radiação usada em radiografias cause câncer. Entretanto, alguns estudos de grandes populações expostas à radiação demonstraram pequeno aumento no risco de câncer, mesmo em baixas doses de exposição, particularmente em crianças. Para ter segurança, devemos considerar que baixas doses podem produzir algum dano. O risco de câncer induzido por radiação deve ser avaliado em contrapartida ao risco estatístico de desenvolvimento de câncer numa população.

Os especialistas dizem que não se deve ser "alarmista". Afinal, a tomografia está entre as maiores evoluções da medicina nos últimos 25 anos do século XX. O exame deve ser realizado sempre que puder direcionar ou influenciar a terapêutica e não puder ser substituído por outro, como ultra-sonografia ou ressonância magnética. Se há boa indicação, "nem pense em radiação". Se não há, nem pense em tomografia!

Em 2006 aproximadamente 4 milhões de exames de TC foram realizados nos EUA. Somente nesse país o número desses exames realizados nos últimos cinco anos triplicou. "Crianças são mais sensíveis à radiação que os adultos e a exposição cumulativa provavelmente causará efeitos adversos.

Estudos mostram que os profissionais que realizam exames podem não estar atentos a esta questão. Portanto, a campanha "Image Gently" ajudará na conscientização de que protocolos médicos em Diagnóstico por Imagem Pediátrico devem acompanhar o avanço tecnológico, declarou a Dra. Theresa C. McLoud, presidente da RSNA. Protocolos e pesquisas recentes que podem auxiliar radiologistas, tecnólogos, físicos e outros profissionais da área a determinar qual a técnica de radiação apropriada em Imagem Pediátrica e com a radiação emitida por esses exames podem afetar os pequenos pacientes a longo prazo estão disponíveis no site oficial da campanha. Mais informações: www.imagegently.org

Fonte: Image Gently

Médicos brasileiros têm novo Código de Ética

Foi publicado no Diário Oficial da União, o novo Código de Ética Médica Brasileiro. Foram dois anos de debates com diversas entidades e especialistas, e a análise de 2.677 sugestões encaminhadas por médicos e entidades organizadas da sociedade. O principal objetivo do novo documento é atualizar as informações sobre os deveres dos profissionais da área.

Entre as recomendações do documento estão as de que os médicos não devem se submeter à pressão de hospitais e clínicas para atender maior número de pacientes por jornada e nem podem vender medicamentos ou ganhar comissão da indústria por produtos que recomendar. Em palestras e trabalhos científicos, os profissionais precisam deixar claro se são patrocinados. Outra mudança é a proibição de criar embriões para pesquisa e a escolha do sexo do bebê nas clínicas de reprodução assistida.

O Código aborda ainda a autonomia do paciente, destacando o direito à informação sobre a própria saúde e às decisões sobre o tratamento, sempre em parceria com o médico. “Esse Código é uma reafirmação de um discurso de compromisso da profissão médica brasileira com a sua população”, afirma o presidente do CFM, Edson de Oliveira Andrade. O documento também ressalta a importância dos cuidados paliativos - técnicas que visam tratar pacientes com doenças incuráveis ou em estado terminal.

De acordo com o coordenador da Comissão Nacional de Revisão, Roberto Luiz d’ Ávila o novo Código de Ética Médica é uma vitória da sociedade que, “em parceria com os médicos, construiu um agir responsável e ético”, comemora. D’Ávila explica ainda o objetivo da revisão: “a intenção foi aperfeiçoar o que já existia. E o Código ficou muito melhor, aumentando a autonomia dos pacientes, alertando os médicos para os conflitos de interesse e incorporando as responsabilidades médicas à questão das novas técnicas em saúde e suas repercussões éticas”.

Fonte: CFM - Conselho Federal de Medicina


Médicos pedem demissão em massa. Aumenta o número de casos em todo o Brasil

Mais uma matéria que retrata os pedidos de demissão de médicos do sistema público de saúde no Brasil, em razão da falta de motivação decorrente de remuneração pífia e de condições de atendimento sofríveis. Mais um retrato do apagão da saúde no País e mais um passo no sentido de aprofundar essa crise gravíssima. A sociedade brasileira não sabe até quando durará o silêncio irresponsável.

Em carta aberta o presidente do Sindicato dos Médicos (Sindimed), Luiz Carlos de Alvarenga, lista uma série de problemas que a categoria vem enfrentando. Os problemas vão de baixos salários, até as condições oferecidas para o desenvolvimento da medicina. “Os governantes do País e do Estado só estão preocupados com receitas e despesas, diminuição de custos no setor saúde” – diz Alvarenga, que denuncia o “jogo perigoso estabelecido na condução de políticas públicas, principalmente na saúde, com disputas de poderes e satisfação de egos, e ainda a má gerência de verbas públicas sem metas estabelecidas”.

Infelizmente os sanitaristas que atuam nos corredores do Ministério da Saúde e periferias, ainda não se deram conta da importância de uma política séria e responsável de emprego e renda para médicos que atuam no SUS. Não podemos ver uma construção de um SUS melhor e nem um atendimento médico de qualidade para a maioria da população brasileira se não for desatado esse nó. Segundo Alvarenga, entre os motivos para o caos na saúde pública estão as más condições de trabalho e os baixos salários. Ele aponta falta de materiais para os procedimentos médicos e estrutura de trabalho. "Sabe o que é atender urgência e emergência sem raio-x, porque ele está quebrado há mais de 30 dias?".

Os médicos querem acabar com o pagamento das gratificações, que hoje representam praticamente a totalidade dos salários. O salário base varia entre R$ 800 e R$ 1.200, podendo chegar até a R$ 3.800 com os benefícios. O problema é que como as gratificações não são incorporadas aos vencimentos, vão ser extintas na aposentadoria. Além disso, reclamam que caso faltem ao trabalho pelo menos 1 dia no mês perdem o benefício. "Mesmo que apresentemos atestados médicos justificando a falta. Médicos não podem ficar doente nem perder pai ou mãe", afirma Alvarenga.

Existe uma insatisfação geral dos profissionais de saúde que recebem pela tabela do SUS. Por isso os pedidos de demissão em massa estão ocorrendo, e as autoridades estão tentando resolver a questão de forma paliativa, pagando salários altos a alguns profissionais, contratados por fora do serviço público, em quanto os servidores do quadro continuam com baixos salários, completamente defasados.

No pedido de demissão coletivo os médicos se baseiam no Artigo 3º do Código de Ética Médica: “A fim de que possa exercer a Medicina com honra e dignidade, o médico deve ter boas condições de trabalho e ser remunerado de forma justa”.

Fonte: Jornais brasileiros


Mundo Lusófono e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)

Na área vasta e descontínua em que é falado, o português apresenta-se, como qualquer língua viva, internamente diferenciado em variedades que divergem de maneira mais ou menos acentuada quanto à pronúncia, a gramática e ao vocabulário. Tal diferenciação, entretanto, não compromete a unidade do idioma: apesar da acidentada história da sua expansão na Europa e, principalmente, fora dela, a língua portuguesa conseguiu manter até hoje apreciável coesão entre as suas variedades.

O mundo lusófono (que fala português) é avaliado hoje entre 190 e 230 milhões de pessoas. O português é a oitava língua mais falada do planeta, terceira entre as línguas ocidentais, após o inglês e o castelhano. O português é a língua oficial em oito países de quatro continentes: Angola (10,9 milhões de habitantes); Brasil (185 milhões); Cabo Verde (415 mil); Guiné Bissau (1,4 milhão); Moçambique (18,8 milhões); Portugal (10,5 milhões); São Tomé e Príncipe (182 mil) e Timor Leste (800 mil). O português é uma das línguas oficiais da União Europeia (ex-CEE) desde 1986, quando da admissão de Portugal na instituição. Em razão dos acordos do Mercosul (Mercado Comum do Sul), do qual o Brasil faz parte, o português é ensinado como língua estrangeira nos demais países que dele participam. Em 1996, foi criada a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que reune os países de língua oficial portuguesa com o propósito de aumentar a cooperação e o intercâmbio cultural entre os países membros e uniformizar e difundir a língua portuguesa.

A área do globo terrestre ocupada pelos oito Estados-membros da CPLP é muito vasta. São 10 742 000 km2 de terras, 7,2 por cento da terra do planeta (148 939 063 km2), espalhadas por quatro Continentes – Europa, América, África, Ásia. Situado maioritariamente no hemisfério sul, este espaço descontínuo abrange realidades tão diversas como a do Brasil, quinto país do mundo pela superfície, como o minúsculo arquipélago de São Tomé e Príncipe, o Estado mais pequeno, em área, de África. O clima, a fauna e a flora são variados, correspondentes à diversidade das latitudes em que se situam os vários países membros. Com excepção de Portugal, de clima temperado com variantes oceânica e mediterrânea, a maior parte da CPLP situa-se na zona tropical subequatorial.
Os índices de pluviosidade determinam grandes diferenças de paisagens naturais, às vezes dentro de um só país, como acontece no Brasil – das estepes semi-áridas do Nordeste à selva amazónica – e em Angola – da floresta do Mayombe ao deserto de Namibe e às savanas inundáveis do Zambeze, por exemplo.

Fonte: CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa


Criação do Centro de Formação Médica Especializada da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP)

Sobre a necessidade comum de formação contínua especializada de médicos oriundos de países da África portuguesa, em 2007 foi criado o Centro de Formação Médica Especializada da Comunidade de Países
de Língua Portuguesa (CPLP), com sede em Cabo Verde. Foram identificadas como áreas prioritárias para
o início da formação de trabalho a Infectologia, Pediatria, Saúde Pública, Medicina Geral e de Família,
Oftalmologia e Ginecologia-Obstetrícia. Foi decidido ainda que no biênio 2009-2010 terão lugar ações
de atualização e formação nas áreas de Pediatria, Infectologia e Saúde Pública. A finalidade é criar um espaço lusófono, nas dimensões discentes edocentes, e nos seus conteúdos e materiais de apoio, para a formação contínua e especializada de médicos oriundos dos diversos estados membros da CPLP.

Fonte: Jornal da AMB


Hospitais particulares no DF e MG deixam de oferecer Pediatria nas emergências

A dificuldade para conseguir atendimento médico não é um problema exclusivo dos usuários do sistema público de saúde no Brasil. Pais e mães que precisam recorrer aos serviços de pediatria de hospitais privados também têm de enfrentar horas de espera por uma consulta. Nos últimos cinco meses, duas importantes unidades de atendimento particular fecharam as portas das emergências pediátricas no Distrito Federal (DF). Os hospitais que ainda mantêm o pronto-socorro especializado em atendimento infantil acabam superlotados. A baixa remuneração dos serviços pediátricos é apontada como a principal causa do problema. Os recém-formados preferem se especializar em outras áreas mais rentáveis e que exigem menos dedicação. Isso porque a maioria das consultas pediátricas não requer a realização de exames ou outros procedimentos - uma fonte importante de rendimentos para os médicos. Assim, os pediatras se tornaram os profissionais mais desvalorizados da classe. Para os hospitais, manter o serviço de atendimento infantil de emergência se tornou muito oneroso. No caso das consultas pagas por planos de saúde, por exemplo, o valor é totalmente repassado aos médicos. Como a maioria das crianças não necessita de outros procedimentos nem de exames, o hospital mantém a estrutura, mas não é remunerado. Diante disso, alguns hospitais em Brasília fecharam as suas emergências pediátricas. Outros grandes hospitais, tiveram de absorver a demanda e viram seus prontos-socorros lotarem.

Nos últimos dois anos, nada menos que 17 hospitais de Belo Horizonte fecharam totalmente ou parcialmente a área de pediatria. Atualmente, somente cinco centros de saúde particulares têm especialistas para tratar de crianças, número insuficiente para atender de forma rápida os usuários que pagam plano de saúde para seus filhos. Outro agravante é que a especialidade tem atraído cada vez menos médicos, pois, além do retorno financeiro ser menor, o profissional precisa estar sempre disponível. "A gente não está pensando em fechar a pediatria ainda, mas está difícil encontrar profissionais. O regime de trabalho é muito exaustivo. A falta de respeito dos pacientes com os médicos é grande. A intolerância é enorme com a longa espera. O médico não gostaria de estar trabalhando em um domingo de sol. Preferiria estar de folga com a família", disse o coordenador da pediatria de um dos hospitais particulares de Belo Horizonte. De acordo com ele, quem se forma em medicina está se especializando em oftalmologia, dermatologia e em outras áreas em que vai ganhar melhor e ainda ter o fim de semana livre. A desvalorização da pediatria é uma cultura da própria sociedade, que dá mais valor às cirurgias plásticas do que ao tratamento de saúde das crianças. O presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM), João Batista Gomes Soares, confirma que a situação dos pediatras é delicada. "É uma sobrecarga para o médico. Às vezes, é apenas um plantonista para atender. Ele já chega para trabalhar e vê uma fila de, pelo menos, 50 crianças. Sem contar o baixo salário", explicou.

Fonte: Correio Braziliense e Jornal O Tempo


10% das receitas médicas têm erro, aponta pesquisa

A cena é comum: após a consulta no consultório ou hospital, o paciente chega à farmácia com a receita na mão, mas ninguém entende o que está escrito. O farmacêutico liga para o médico, que traduz a letra. Caso contrário, o paciente deixa a farmácia de mãos vazias. Pesquisa da USP mostra que uma em cada dez receitas médicas prescritas no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto traziam algum tipo de erro.
O resultado tem uma margem acima do tolerado, que varia de 2% a 5%. O estudo ainda detalha os tipos de incorreções. Das 313 receitas com erros, 20% tinham falhas de prescrição, ou seja, letra ilegível, uso de abreviaturas, falta de concentração do medicamento ou prescrição por nome comercial.
Outros 61,3% continham erros administrativos: falta de assinatura ou CRM do médico, erro no centro de custo de internação ou falta de assinatura.
"O maior problema das receitas erradas é que o paciente pode pegar o remédio errado, e isso é extremamente perigoso", disse Isac Jorge Filho, conselheiro do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo). "Nem sempre é fácil para o farmacêutico falar com médico naquele momento. Há pacientes que aguardam muito tempo por uma consulta e, quando a consegue, pode acontecer esse problema da receita", disse o médico.
A maior parte dos erros pode ser atribuída à inexperiência --a maioria foi cometida pelos residentes, médicos recém-formados. Entre as especialidades, a clínica de dermatologia foi a que apresentou o maior percentual de erros: 9,6%.

Fonte: USP/Folha de SP


 

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